História Psycho Love - You saved me from myself

Valerie Pov's 

- Amiga, o que foi aquilo hoje no colégio? - Lori perguntou pelo telefone. 

- Ataque de ciumes. - eu disse rindo e encarando o chão do meu quarto. - Trevor não falou comigo depois daquilo. 

- Relaxa amiga, ele deve estar processando tudo isso na mente lerda dele. - Lori disse rindo e eu apenas sorri triste. 

- Não quero que ele se afaste de mim, ele é o meu melhor amigo. - eu disse e pude ouvir Lori suspirando do outro lado da linha. 

- Tudo vai dar certo, não se preocupe. - ela disse, mas ela parecia não acreditar nisso de verdade. 

- Tenho que desligar, Oliver chegou. - eu disse assim que vi aquele ser tatuado entrar no meu quarto com um sorriso largo. 

- Ok, até mais amiga. - ela disse e por fim eu deliguei. 

- Está tudo bem? - ele perguntou se sentando ao meu lado.

- Está é só que... Trevor não esta falando comigo. - eu disse e Oliver me encarou serio. 

- Eu não gosto dele. - disse quase que ameaçador e eu ri. 

- Eu sei disso, mas ele continua sendo meu melhor amigo. - eu disse e ele revirou os olhos. - Serio Oliver, ele é importante para mim. 

- Eu estou com vontade de matar ele nesse momento. - ele disse encarando o chão. 

- Desculpe. - eu disse beijando seu rosto. 

- Não precisa se desculpar, mas se ele te magoar... Eu acabo com ele. - Oliver disse num tom  ameaçador. 

- Não se preocupe com isso. - eu disse sorrindo e ele beijou meu lábios delicadamente. - Topa assistir um filme? 

- Tem coisas mais interessantes para se fazer. - ele disse se inclinando para cima de mim, me fazendo deitar na cama e ele deitou-se por cima de mim. 

- Oliver. - eu disse num meio gemido. 

Ele começou a distribuir mordidas e chupadas pelo meu pescoço. 

- Oliver, isso vai ficar marcado. - eu disse o repreendendo. 

- Exatamente... Você é minha. - ele disse no meu ouvido e logo mordeu meu lóbulo, me fazendo arrepiar. 

- Idiota. - eu disse sorrindo e o puxei para um beijo. 

O beijo que no começo era calmo, mas depois foi se aprofundando e ficou extremamente excitante. Eu agarrava seus cabelos e ele apertava a minha cintura com brutalidade, eu não ligava para dor que eu sentia devida a força, na realidade eu adorava esse jeito violento dele. 

Quando o ar nos foi necessário quebramos o beijo, mas antes ele mordeu meu lábio fazendo-o sangrar. O clima entre nós estava esquentando, mas foi quebrado quando meu celular começou a tocar. Oliver me encarou e eu sorri sem graça e sai de baixo dele e atendendo o celular. 

- Oi. - atendi sorrindo, mas logo o mesmo sumiu. - Por que está me ligando Jonathan? 

- Mamãe está doente. - ele disse do outro lado da linha. 

- E o que isso tem comigo? Ela deixou bem claro que depois que eu saísse de casa, eu não fazia mais parte da família. - eu disse com irritação e Oliver me encarou surpreso. 

- Ela está com câncer Valerie! Ela vai morrer! - Ele disse praticamente gritando. - Você não tem pena dela?! Droga, ela é a sua mãe!

- Jonathan, eu pouco me importo se ela respira ou não. Ela não é mais a minha mãe, pois mães não expulsão o próprio filho de casa por causa de uma maldita aparência, por causa de uma maldita diferença! Ela não é digna da minha pena. - eu disse extremamente irritada.

- Ela fez o que achou certo Valerie! - ele disse com mais calma. - Ela te ama. 

- Me ama?! Não Jonathan, ela só não quer partir com esse peso na consciência. Eu a perdoo por tudo que ela me fez, mas eu não sofro de  amnésia. - disse por fim. - Nunca mais volte a me ligar. 

E assim deliguei o celular e encarei a expressão surpresa de Oliver, eu apenas sorri fraco, mas as lágrimas me venceram. Logo eu comecei a chorar descontroladamente nos braços aconchegantes de Oliver. Eu passei um bom tempo naquele estado lastimável, Oliver não disse nada, apenas afagou meu cabelos e me acolheu num abraço protetor. Eu já tinha molhado a camisa dele com minha lágrimas, mas ele não reclamou. Respirei fundo e ele secou minhas bochechas delicadamente. 

- Está tudo bem. - ele finalmente quebrou o silencio. - Eu estou aqui com você.

- Obrigada. - eu disse com a voz fraca. 

Ficamos mais um bom tempo em silencio depois disso, eu só não queria falar sobre isso com Oliver, mas pelo que parece eu vou ter que fazer. Eu me separei do abraço e o encarei. 

- Você não esta entendendo nada não é? - perguntei sorrindo fraco e ele deu os ombros. 

- Talvez, mas não precisa falar disso se não quiser. - ele respondeu e eu suspirei. 

- Eu preciso falar sobre isso com alguém. - disse por fim e ele assentiu.

- Não se sinta obrigada. - ele disse e eu assenti, respirei fundo. 

- Bom, como você deve ter ouvido no telefone, eu foi expulsa de casa. O motivo é simples: Eu não sou a filha que eles queriam ter. Eu apenas decepcionava eles, em tudo que eu fazia. O meu maior medo era decepciona-los e isso era a coisa que eu mais fazia. Eu realmente tentava ser o que eles queriam que eu fosse, eles tinham praticamente criado a minha vida, planejado cada detalhe. Mas não era o que eu queria e chegou um momento que tudo estava desabando bem na frente deles, tudo que eles criaram acabou em cacos. Nós discutimos, eu xinguei eles, eles me xingaram, falaram verdades, falaram mentiras e por fim... eu simplesmente disse: Se não me querem do meu jeito, vou embora. Minha mãe disse que assim que eu saísse daquela casa eu não faria mais parte da família. - eu desabafei com lágrimas nos olhos. 

Ele apenas se aproximou de mim e me abraçou, eu não me permiti chorar mais. Suspirei e ele continuou me abraçando apertado. 

- Está tudo bem... - ele disse num sussurro. - Eu estou aqui com você e não vou deixa-los te magoar novamente. 

- Obrigado. - eu disse num sussurro falho. - Eu tenho mais uma coisa pra te contar.

- Qualquer coisa. - ele disse e eu suspirei pesado. 

- Eu me cortava. - disse por fim e pude sentir seus músculos ficarem tensos. - Mas eu não faço mais isso, eu juro. 

- Por que você fazia isso?! Por causa dos seus malditos pais?! - ele perguntou aflito e eu assenti. 

- Eu parei por sua causa. - eu disse por fim. - Você me salvou de mim mesma. 

- Eu te amo Valerie. - ele disse beijando o topo da minha cabeça. 

- Eu também te amo Oliver. - eu disse sorrindo. 

Depois de todo esse drama muito dramático, nós finalmente assistimos um filme de terror que foi ideia de Oliver. Obvio que depois eu fiquei com medo e literalmente o obriguei a dormir comigo. E devo dizer que nunca me senti tão segura e confortável ao lado de alguém como eu me sinto com Oliver... 

Continua? ><