Agora que entendemos como um lado da história transcorre, vamos partir para o lado estrelado da coisa toda. Não coincidentemente, os trigêmeos bivitelinos Joestar (também conhecidos como o sonho de consumo de quase todas as meninas da faculdade) também viviam sob o mesmo teto. Claro que havia uma artimanha dos pais deles por trás, afinal a sra. Joestar era super coruja com seus meninos, mas isto é um pormenor dispensável.
O mais velho deles era Jonathan Joestar, tinha 22 anos custosos e vitoriosos. Era estudante de Arqueologia e namorava, há quase cinco anos, Dio Brando. Era um rapaz ameno, carinhoso, gentil e, apesar de ter uma origem abastada, era humilde. Um verdadeiro cavalheiro, por assim dizer – exceto quando comia no Burger King; toda aquela garbosidade sumia juntamente com os hambúrgueres.
O do meio, sendo oito minutos mais novo que Jonathan, era o Joseph. Certamente o mais caloteiro entre os três irmãos, e o mais sapeca, também, desde pequenos. Joseph tem uma mania – malvista por seu namorado Caesar – de prever o que as pessoas iriam falar, e geralmente acertava. Era estudante de Negócios Imobiliários e planejava abrir uma corretora de imóveis quando estivesse formado.
O mais novo, sendo vinte e três minutos mais novo que Jonathan e quinze a menos que Joseph, se chama Jotaro. Este foi cismado que iriam registra-lo como “Kujo”, que é o nome de solteira da mãe, mas o pai, George, não queria. Então, Jotaro é o único dos três irmãos que tem dois sobrenomes. Geralmente, é muito raro vê-lo falar, exceto quando está com Kakyoin ou com os irmãos. Jotaro é comumente quieto, altamente inteligente, levemente agressivo, mas tem um coração justo e honesto, apesar da aura de delinquente nato que parece o perseguir. Ele cursa um bacharelado em Biologia, e pretende fazer uma pós em Oceanografia e Biologia Marinha, assim que terminar.
Os três irmãos, apesar do nome, da família, da genética e aparência e do status, em nada se combinavam.
Enquanto Joseph era um cara que curtia as atrações mais loucas possíveis – entende-se por baladas de strip, cassinos de pôquer, convenções de HQ’s e qualquer outra coisa que realmente não precise fazer tanto sentido quanto a proposta anterior –, Jotaro gostava de lugares mais calmos e relaxantes, optando sempre por museus, cinemas e qualquer outro ambiente no qual ele pudesse se ouvir em pensamento. Já Jonathan, por ser um amante da história, também gostava de visitar museus, mas seu passatempo favorito mesmo era assistir a peças de teatro clássico, coisa que deixava pessoas como Joseph prestes a cair no sono.
Tinham gostos discrepantes, mas se amavam e eram unidos, como os irmãos que eram. E amavam os seus garotos, que fique claro.
– Vocês vão fazer alguma coisa no Dia dos Namorados? – Jonathan indagou aos irmãos, enquanto organizava a prateleira de livros de história marinha.
– Talvez eu compre chocolates ‘pro Caesar. – Joseph respondeu, fazendo o favor de aparecer sem camisa, apenas com uma terrível calça de tactel rosa fluorescente.
– Você só dá isso para ele, todos os anos. – Jotaro relembrou, desaprovando mentalmente a atitude desleixada do irmão.
– Olhe só quem fala; todos os anos você dá um bicho marinho de pelúcia ‘pro Kakyoin. – Joseph cruzou os braços. – Já foi uma estrela do mar, um pinguim, uma orca e uma pelúcia do Linguado. – Saiu contando nos dedos. – Esse ano vai ser o que, esperto? Um tubarão?
– Pelo menos, nenhum dos presentes que eu dei para ele quase o deixou em coma. – Jotaro sibilou, mas Joseph conseguiu ouvi-lo.
– Olha aqui, eu fui enganado! A mulher me disse que eram os melhores do mercado, como eu ia imaginar que tinha droga lá dentro?
– Você causou uma overdose em seu namorado, Joseph! – Jotaro revirou os olhos. – Me abisma o Caesar ainda continuar com você.
– Nossa, Jotaro, me erra. – Joseph virou-se de costas, mexendo no celular desleixadamente.
– Tudo bem, garotos. Erros acontecem. – Jonathan tentou interceptar, com seu jeito ameno de sempre. – Talvez devêssemos ouvir o que os garotos planejam para este sábado, aí decidimos alguma coisa. Sem pelúcias, nem chocolates, desta vez. Vamos tentar dar algo novo, certo? – Jotaro estreitou os olhos, desgostoso, mas anuiu com a proposta. Joseph ainda experimentou bater o pé, mas a represália que recebeu apenas com o olhar penetrante dos irmãos foi o bastante para que acabasse acatando a sugestão também.
– Tudo beeem. – Joseph revirou os olhos.
A manhã transcorreu tranquila, os três irmãos arrumaram rapidamente o dormitório pouco bagunçado – apesar das divergências de personalidade, talvez organização se mantivesse firme nos genes dos irmãos, até mesmo em Joseph –, e logo se ativeram em seus afazeres diários.
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