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História Só Termina Quando Acaba - Sorrisos Falam Mais do Que Olhares


Escrita por: nastyona

Notas do Autor


heya <333 demorei?

Hm, nem eu estou cronometrando. Perdão pelo sumiço, eu ando um pouco mais ocupada que o costume e está tudo uma correria. Não posso mais contar tanto assim com as noites, então eu espero que possam me perdoar. Meus fins de semana são os únicos momentos livres que eu tenho, então, per favorzinho, me desculpem ><

Boa leitura <3

Capítulo 23 - Sorrisos Falam Mais do Que Olhares


Fanfic / Fanfiction Só Termina Quando Acaba - Sorrisos Falam Mais do Que Olhares

Muitos dias se passaram desde os encontros.

A quarta-feira se arrastava com uma lentidão dolorosa. Sequer poderiam mensurar quanto tempo eles estavam gastando naquela rotina altamente nociva, onde apenas contentarem-se com salgadinhos, refrigerantes e doces, dormindo durante as aulas e assistindo filmes e mais filmes para passar o tempo. Kakyoin havia perdido a vontade de jogar videogame, Caesar sequer mostrava interesse em atender as ligações de sua mãe e Dio havia parado com suas brincadeiras ácidas.

De fato, aqueles encontros destruíram eles. Então, apenas por isso, eles tentavam se distraírem com baboseiras na televisão.

– Vai lá, idiota, corre de volta para ele... – Dio resmungava, com os olhos fixos na televisão. Estava passando um filme deveras antigo e clichê, daquele tipo que até se contrai diabetes de tão doce que é.

– Ela vai se ferrar. – Kakyoin sorriu com escárnio. Caesar se limitou a um sorriso debochado.

Todos eles tinham plena ciência do estado deplorável que se encontravam: esparramados no pequeno sofá, profundas olheiras abaixo dos olhos, enrolados com moletons antigos e nem tinham se dado o trabalho de tomar um banho naquele dia. Aliás, combinaram de faltar aula. Mas como poderiam culpar uns aos outros? Cada um teve seu dia de merda, e estavam lidando com isso da melhor forma que podiam.

E se essa forma incluísse se acabar em mais comentários maldosos e óbvios sobre filmes dramáticos antigos, com uma qualidade tão medíocre quanto eles mesmos, enquanto se empanturravam de salgadinhos baratos de mercearia e refrigerantes de limão, que assim fosse.

Não foi por livre e espontânea vontade que eles resolveram assistir filmes daquele naipe. Aí seria um golpe baixo demais. No entanto, a Netflix é tão astuta que acabou colocando opções românticas bem antigas como recomendação para a conta de Caesar. Sem ânimo algum para procurar outro gênero, acabou sendo aqueles mesmo. 

No meio da segunda parte do terceiro filme, um celular começou a tocar.

Kakyoin observou se era o seu, mas percebeu que era o de Dio.

– É o número do Joseph te ligando. – O ruivo cutucou Brando, que olhou para o celular como se ele fosse algo indigno de sua atenção. Caesar tomou posse do celular, desligando-o imediatamente.

– Eu o bloqueei de todas as minhas redes sociais e da minha linha de celular. – Zeppeli devolveu o celular a Dio, que se manteve calado o tempo inteiro, focado no filme. – Ele vai ficar tentando ligar para vocês para conseguir falar comigo. E eu peço que não atendam.

Logo, o silêncio reinou novamente sobre o dormitório, sendo maculado apenas quando a necessidade de causticar os filmes era mais forte que a vontade de ignora-lo. Pouco antes do final, o celular de Kakyoin começara a tocar.

– É a Erina... – O ruivo suspirou, olhando para o número chamando sem empolgação alguma. Tanto Dio quanto Caesar o encararam, expectantes.

– Não vai atender? – Caesar indagou, ajeitando-se no sofá.

– O que tenho para falar? – Kakyoin ameaçou deslizar para desligar, mas não esperava que Dio fosse roubar o seu celular e atendesse a ligação.

– O que você quer de nós, agora? – Dio fez menção de se levantar do sofá, sendo tensamente observado por seus colegas. – Seu filho fodeu com nosso encontro, e graças ao Diego, estamos todos na pista, agora. – Um silêncio fleumático perdurou. Um dos dedos de Kakyoin era castigado em sua boca, tamanha ansiedade. A face de Dio contraiu-se com desgosto. – Sabia? Ao inferno, Erina. – Mais uns segundos dolorosos se demoraram. – Se você realmente fez isso... Erina Brando, eu vou... – Ele calou-se, depois grunhiu, irritado. – Que seja, pode ser. Na cafeteria Bougainvillea, às três da tarde.

Logo mais, Dio desligou. Kakyoin e Caesar o encaravam, esperando que ele os contasse o que havia acabado de combinar com a irmã. O Brando encarou-os com um desdém brincalhão, como se eles fossem filhotinhos feios.

– Que caras são essas? – O loiro indagou, enquanto abanava suas calças de moletom.

– Não vai nos dizer o que acabou de conversar com a sua irmã? – Caesar apontou, com obviedade. Kakyoin aconchegou-se ainda mais no sofá.

– Vocês saberão quando chegarmos. Agora, vamos tomar um banho, porque a situação da gente está crítica.

* * *

– O que acha que ela quer conversar? – Noriaki voltou-se discretamente para Caesar, enquanto apressava ainda mais os passos para mudar de calçada.

– É um palpite, mas eu acho que ela quer falar de como foi cada encontro. – Zeppeli passou a mão no queixo, sentindo que sua barba já estava começando a pinicar.

O movimento na cafeteria não era muito, mas também não estava vazia. Um ambiente agradável, ainda mais se acrescentado ao tempo frio e chuvoso que moldava a temperatura externa. Kakyoin trincou os dentes ao sentir o ar gelado da cafeteria esbofetear seu rosto. Era um insulto aquele ar-condicionado estar ligado.

– Olha ela ali. – Dio apontou para a irmã, que usava um vestido de alças finíssimas cor ciano, com frente lisa e decote em U, e com a saia cheia de bordados mais escuros. Caesar se perguntou se ela era imune ao frio. Diego estava logo ao lado, surpreendentemente quieto e os dinossauros abandonados sobre a mesa. Quando se aproximaram, Erina acenou, mas logo então os três perceberam algo assustador.

Ela não estava sorrindo. Parecia triste e decepcionada. E isso foi o suficiente para que eles começassem a desconfiar que algo muito ruim estava prestes a acontecer.


Notas Finais


O que será que Erina vai soltar?
Ihh rapaz...
Um beijão e até o próximo <3


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