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História Só Termina Quando Acaba - Chocolate Branco Não Amarga, Certo?


Escrita por: nastyona

Notas do Autor


falei que teria um segundo, não falei?
beijaum niii <3

Capítulo 25 - Chocolate Branco Não Amarga, Certo?


Fanfic / Fanfiction Só Termina Quando Acaba - Chocolate Branco Não Amarga, Certo?

Estavam ali, os oito, sentados ao redor de uma mesa circular.

A tensão apenas não era sentida por Erina, que observava os casais com um meio sorriso constrangedor, e Diego, que era uma criança, acima de tudo, e não sabia das dimensões do que abalou no mundo dos adultos. Talvez Erina fosse imune àquela atmosfera fleumaticamente angustiante e nauseante, mas certamente ela sabia que estavam todos estranhos uns com os outros.

Ninguém olhava na cara de ninguém. Algum pequeno alarme apitou duas vezes seguidas, chamando a atenção de todos.

– Ah, olha só a hora. – Erina apontou para seu fino relógio de pulso prateado, logo se levantando. Ajeitou brevemente a saia de seu vestido, logo tomando a mão do filho.

– Erina-nee-chan, aonde você vai? – O irmão mais novo precisou conter-se para não expressar seu nervosismo. Não era, nem de longe, do feitio de Dio Brando ficar constrangido com facilidade, mas a simples presença de Jonathan, logo a sua frente, estava abalando suas estruturas mais do que ele havia imaginado.

Nee-chan? – Erina quase engasgou com a própria saliva. Dio suspirou, nervoso. – Faz muito tempo que você não me chama assim. Você tem o quê? Cinco anos?

– Para o inferno, sua idiota.

– Realmente, cinco anos. – Erina tomou Diego nos braços. O garoto ficou encarando seu tio Jonathan, que sorriu timidamente para o jovenzinho. – Eu preciso levar Diego para tomar algumas vacinas. Depois disso, William quer vê-lo.

– Nariz... – Diego apontou para o seu próprio, olhando para Jonathan, e só então Dio percebeu que havia um curativo bege sobre a ponte do nariz do Joestar mais velho. Possivelmente, seu nariz houvera machucado quando ele caiu no tanque de tubarões.

– Ah, isso não é nada, Diego. Foi só um acidente. – Jonathan acalorou seu sorriso, então o menino aquietou-se.

Diego Brando estava com o aspecto soturno quando acenou para os homens à mesa. Apesar de não saber as dimensões de seu estrago, sabia que havia sido grande o suficiente para que seu tio  ficasse muito triste. Jonathan Joestar nunca ficava triste.

– O meu irmãozinho vai ficar bem sem a nee-chan dele? – Erina caçoou, antes de ir embora da cafeteria. Dio quis dar uma boa resposta, mas apenas anuiu com o rosto. – Então estou indo.

Mal Erina se retirou da cafeteria, Jonathan Joestar se levantou também. Dio quis perguntar para onde ele ia, mas não sentiu que deveria. Enquanto isso, Caesar se esforçava ao máximo para não olhar para Joseph.

Também não era excepcionalmente notável que ele estava se esforçando para que Caesar lhe desse atenção, porque aí seria uma mentira muito descabida. Talvez Joseph estivesse convicto de sua falha, mas ainda não deu o braço a torcer. Só de pensar nessa possibilidade, Caesar quis agarra-lo pelos cabelos e bater sua testa contra a mesa várias vezes.

Jotaro, que conferia algo constantemente em seu celular, subitamente passou a encarar Kakyoin. E fora um olhar tão intenso que deixou o ruivo extremamente desconcertado.

– O-O que é? Esqueceu alguma coisa no meu rosto? – Kakyoin fez seu melhor para parecer irritado, mas apenas conseguiu deixar ainda mais claro o seu desconforto. Jotaro negou com as mãos.

– Você está sem um brinco. – E voltou a olhar o que quer que seja no celular. Kakyoin franziu o cenho com a afirmação, mas passou as mãos pelas orelhas, confirmando as palavras de Jotaro assim que sentiu falta da corrente em sua orelha direita.

Emburrado, apenas retirou e guardou o outro dentro do bolso da calça jeans. Jonathan voltava com as mãos cheias; um copo de café normal sem açúcar, outro de chá verde com suco de amora e o terceiro de cappuccino. Este último, ele entregou a Dio, que surpreso, apenas murmurou um “obrigado”. Fora um gesto surpreendente, até porque era incabível esperar gentilezas da parte de Jonathan, ainda mais sabendo que ele mesmo não merecia tais caprichos.

No entanto, Jonathan o ignorou.

– Isso não vai dar certo. – Jotaro Kujo bloqueou seu celular, aceitando de bom grado o café que seu irmão mais velho o ofereceu. Jonathan não trouxe nada para Joseph porque ele mesmo diz que prefere beber Coca-Cola em vez de cafés ou chás.

– O que não irá dar certo? – Kakyoin indagou, sentindo falta dos brincos.

Isso. – Jotaro gesticulou para ele e seus irmãos. Tão logo, empertigou-se na cadeira. – Estamos em um campo de guerra a céu aberto. Todos nós temos pendências a resolver, e ninguém quer fazer isso com plateia. Não tem espaço para algo feito romance, aqui.

– Estamos fazendo o capricho de uma criança por insistência de nossa mãe. – Quem tomou a voz a gora fora Jonathan. Sua voz estava mais grave que o normal, chamando a atenção das mentes mais apáticas, como a de Caesar.  – Não é que queiramos estar aqui. Para falar a verdade, eu tinha coisas bem mais importantes para fazer do que perder meu tempo vindo para cá.

– Você não precisava vir se não quisesse. – Dio rebateu, como se estivesse ofendido.

– Pagar de bom moço tem seu preço. Nem sempre ele é tão generoso assim. – Jonathan redarguiu presunçosamente, deixando Dio embasbacado. Ele nunca vira o Joestar agir daquela forma.

Ele, definitivamente, estava diferente.

Kakyoin sentiu seu bolso vibrar, percebendo que havia recebido uma nova mensagem. Não estava endereçada, então leria quando estivesse no dormitório.

– Não podemos deixar isso como está. – Joseph, que até então não havia falado absolutamente nada, reivindicou sua vez. E ele tinha razão sobre não permitir deixar as coisas exatamente como elas estavam, apáticas, indiferentes, estranhas. Aquilo o incomodava em proporções sequer imaginadas. – Pode não funcionar aqui, e agora, mas não podemos deixar assim.

– E o que você sugere, esperto? – Caesar fuzilou-o com o olhar. Sua vontade de estar ali era tão grande quanto a de Jonathan.

Joseph sorriu, talvez não para Caesar, mas sim para a sua própria ideia.

– Que tal nós apenas nos vermos no White Day?


Notas Finais


Ainda que eu ame chocolate meio amargo, chocolate branco é uma delícia.
Para quem não entendeu o título, aqui vai uma rasa explanação: no Japão, no dia 14 de março (exatamente um mês depois do Dia Dos Namorados), os meninos que receberam chocolate ou presente, devolvem chocolate branco às meninas que os presentearam, ou qualquer outra pessoa. Apenas uma curiosidade, heheh
Enfim, obrigada por terem lido! Até o próximo <33


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