Olá, boa tarde, eu lhe amo demais e já de antemão agradeço muito pelo capítulo totalmente sinestésico. Sou muito sortuda por ter essa história incrível dedicada a mim — você é uma escritora tão singela e talentosa! Anseio demais pelas atualizações, que são capazes de melhorar bastante meu humor! 💙☔💜🐸
A Sihyeon sofre de um caso crônico de hiperbolismo. Ela descreve as coisas do seu cotidiano como se fossem tragédias inevitáveis — vide as pétalas murchas da dália na xícara — que ela decerto não conseguirá evitar, que nem uma heroína temendo não salvar o mundo. Eu me pergunto se ela esconde mais alguma coisa dentro de si mesma e, bem, a resposta obviamente é "sim", já que a própria descreve a si mesma como uma habitante da cidade do seu cérebro, temendo a realidade assustadora; deve ter acontecido algo péssimo fora da sua casca para que as comparações sejam assim tão... dolorosas, amargas. (Será que Eunji tem algo a ver com isso? Pela frieza na ligação, creio que sim. Algo deve ter ocorrido no passado de ambas!) No entanto, ao contrário de Sihyeon, você enche o texto com tantos detalhes que estão também no nosso cotidiano, que é impossível não se sentir mais próximo da personagem. Você, Nyny, se compadece dela, de nós, os leitores, e tenta reconfortá-la o máximo que pode aqui e ali, seja fazendo-a bebericar chocolate quente, ou pô-la em cenas confortáveis no seu minúsculo apartamento. É nessa simplicidade soturna que Sihyeon flutua, respira e vive um dia de cada vez, até que o Sol nasça de novo na cidade do seu cérebro e, enfim, puxe-a de volta à vida, para que ela veja que o céu é, sim, azul, e que há sorrisos, borboletas e novos sonhos lhe esperando por aí. 🦋