1. Spirit Fanfics >
  2. Tudo ou Nada (Hiatus) >
  3. Visão de Águia

História Tudo ou Nada (Hiatus) - Visão de Águia


Escrita por: poetria

Notas do Autor


Boa leitura, docinhos ;)

Capítulo 7 - Visão de Águia


Fanfic / Fanfiction Tudo ou Nada (Hiatus) - Visão de Águia

Bato os cílios de modo constante, até acostumar-me com a visão nua de minha frente. Recobro meus instintos, recordando da noite anterior onde passei a dormir agarrada com meu próprio chefe. Arregalo os olhos com tal lembrança, ao sentir notoriamente que ainda mantinha sua mão entrelaçada a minha, deixando o suor escapar entre as frestas de nossos dedos. 

 

Sinto meu coração pular com o toque ingênuo que não havia se quebrado, mesmo que tenhamos nos revirados a noite toda; o que não foi o caso, já que nos mantinha inerte na mesma posição ao adormecemos.

 

Observo seu peito subir e descer conforme sua respiração e sua feição serena – por sorte, seus olhos perpetuavam-se ainda fechados, o que me deu uma melhor visão de contemplar, como aquela pele pálida que investia seus ossos, era tão perfeita quanto seus lábios nem tão finos e nem tão grossos. Ou aquele nariz empinado de dar inveja a qualquer garota, principalmente a mim. Não deixo de notar, uma pinta no cantinho de sua boca o que lhe deu um ar ainda mais angelical enquanto dormia –, só assim para poder vê-lo de outra maneira, a não ser um cara arrogante e egocêntrico.

 

Me assusto quando o ruído de meu celular vibra em cima da madeira da cômoda, fazendo-me desfazer do nosso laço e suspirar ao ver quem me ligava no momento, Ino não deixaria de insistir se eu não desse qualquer explicação convincente sobre eu ter faltado essa manhã também. Bato em minha cabeça frustrada comigo mesma, por ter deixado essa brecha passar despercebida.

 

Crispo os lábios me recompondo ao sentar-me na cama e ouvir o peso do garoto se remexer na superfície fofa.

 

– Aconteceu alguma coisa? – encerro a chamada me arrepiando com seu tom de voz invadir meus ouvidos.

 

– Perdemos o horário da escola. – bufo. – Não deveria ter faltado ontem e nem hoje.

 

– São apenas dois dias, não vão fazer falta.

 

– Pra você podem ser apenas dois dias, porque já tem a vida feita. Mas comigo não é assim. – viro meu corpo para encara-lo. – Mesmo assim, você deveria ser preocupar também.

 

– Não diga o que não sabe. – perco o ar ao ver madeixas de seu cabelo caírem em seu rosto após levanta-lo. – Tenho mais coisas para me preocupar, e você também.

 

– E a escola é uma delas. – arque-o minhas sobrancelhas. – Suzuki odiaria me ver assim. – fecho os olhos já cansada – Eu preciso ir. 

 

Tiro sua camiseta e entrego-a em sua direção, após levantar-me e calçar minhas botas, começando a sentir o efeito da irritação. Toda aquela merda estava acabando comigo.

 

Não soltamos nenhuma palavra sequer direcionado um ao outro. Talvez, pelo modo como o abordei pela manhã, já agoniada com aquela situação ou de como, dormimos tão íntimos naquele quarto. Só de pensar na ocasião, minhas bochechas ameaçavam já esquentar pela vergonha. 

 

Não demorou para sairmos da casa e cautelosamente, ir de encontro ao carro do garoto, cujo permanecia no mesmo lugar que havia deixado a noite anterior. 

 

– Filhos da puta! – exclama enraivecido.

 

Pude notar, ao olhar por cima do ombro, o capô manchado por alguma tinta azul, revelando traços de uma lua e ao seu lado, um círculo preenchido. Franzo o cenho confusa, não decifrando o que aquele desenho poderia significar.

 

– O que isso quer dizer? – passo os dedos sobre a tinta já seca e fria. 

 

– É isso que irei descobrir. – batemos a porta em conjunto, adentrando ao veículo.

 

Novamente, o silêncio paira sobre nossas bocas. Não havia muito o que se dizer um ao outro, também não me atreveria começar algo, ao perceber a feição de Sasuke já emburrada – bem, como se a minha não estivesse. Conquanto, o vazio de palavras, não se foi incômodo pelo percurso, uma vez que, ainda era de manhã, e meu cérebro não raciocinava direito nesse meio tempo, o que me deu uma folga, para relaxar minha mente, ignorando qualquer memória do Uchiha abraçado ao meu corpo. Apenas, gastei saliva para direciona-lo de volta a minha residência e agradece-lo.

 

– Obrigada. – coço a garganta. – Por ontem e hoje. – vejo apenas um acenar de cabeça em concordância, e saio do carro entrando no meu aconchego. 

 

*

 

– Você está precisando de um namorado, isso sim. – me encara.

 

– Eu não preciso de namorado nenhum. Estou muito bem sozinha. – dou de ombros. 

 

– Pelo menos beijar na boca coisa rosa. Está há muito tempo sem transar. – fecho os olhos impaciente com o comentário de Ino.

 

Eu sei que ela queria apenas me ajudar a me distrair, fazer algo para que não se sentisse insuficiente em relação a nossa amizade, principalmente, por ter-me afastado de todos ao meu redor, inclusive eles, meus únicos amigos. No entanto, em cinquenta porcento da história, a loira tinha de fato razão, eu precisava de algo para me levar as alturas e esquecer tudo aquilo só por um segundo; talvez, fosse pedir demais aos céus um verdadeiro orgasmo.

 

– Deveria tentar ficar com o Naruto, ele sempre foi caidinho por você. – sorri convencida.

 

– Ino! – reviro os olhos. – Já tentamos uma vez e você sabe que não deu certo. E eu não quero estragar de novo, os sentimentos de amizade que temos um pelo outro. 

 

– Está tudo bem. Só te dei uma ideia. – solta um muxoxo. – Mas que você precisa de um orgasmo, você precisa. Talvez, eu te arranje um receptáculo. – bate os ombros fazendo pouca questão de suas promessas.

 

– Eu não preciso de homem nenhum pra ser feliz, consigo fazer isso sozinha. – pisco em sua direção.

 

– Mas...

 

– Sem, mas, dona Ino. – reluto. – Agora eu preciso ir, está legal? Eu vou ficar bem. – estalo um beijo em sua bochecha antes de apertar o passo para fora do prédio. 

 

– Mas ainda sim, vou arranjar algum. – ouço ao vento sua voz gritar amuada e sorrio com o jeito insistente da loira de se preocupar comigo. 

 

Yamanaka sempre cuidou bem de mim, era como minha irmã – mulher – mais velha em minha vida, e suas preocupações aumentaram quando soube da tragédia de minha mãe. O que não deixou de fazer por mim, um segundo papel materno, e eu sou muito grata a isso. E eu, nunca saberei como recompensa-la de tal forma.

 

Meus pensamentos avoaram subitamente com o brandir do meu celular em meu bolso, tornando minha visão do caminho para a tela, mostrando uma nova mensagem de um número desconhecido.

 

"Está dispensada do trabalho."

 

Sinto minhas pernas afrouxarem com aquelas tão fúteis palavras, fazendo-me parar ao meio da calçada com um súbito aperto no peito. Não sabia de quem vinha aquela mensagem, muito menos tinha alguma foto para poder identificar o indivíduo que estaria brincando com minha dignidade, mas nada faria tão sentindo, com aquele tom seco, se não fosse Sasuke. E não me surpreenderia de como teria conseguido meu número, como andava fazendo sobre toda a minha história de vida. 

 

Tentei liga-lo por diversas vezes, o que não adiantou, já que caía diretamente para caixa postal. Praguejo inconformada, como aquele garoto podia me tirar do sério, o que resultou em passos largos e fortes até o caminho de minha casa. 

 

O que aquele maldito queria fazer? 

 

Adentro para sala, já convicta de não deixar essa notificação passar – Sasuke Uchiha não se livraria de mim tão facilmente, se era o que ele pensava. Toda compaixão que eu tive por algum momento por aquele garoto, principalmente na noite de dois dias atrás, se esvaiu sem dó e nem piedade e xinguei até a quarta geração de seu maldito sobrenome. E nada poderia ficar pior, se eu não acordasse com um ruído estrondoso vindo da cozinha, e como defesa de meu organismo, fico alerta se aquilo poderia ser algum bandido procurando o que roubar desse lugar, ou se fosse um daqueles motoqueiros masoquistas, que quando eu menos esperava já estavam prontos para me perseguir.

 

Jogo minha bolsa para longe, pegando uma bandeja de metal, que decorava por tempos, a mesa de centro do cômodo. Com prudência aperto meus pés contra o assoalho, repassando meus olhos em cada canto sórdido da arquitetura, clamando por algum deus presente em minha vida, que fosse apenas algum gato da vizinha ou alguma assombração. Sinto meu coração pular para garganta, deixando o objeto cair de minhas mãos e acertar o chão, tornando fazer um barulho ainda mais agoniante.

 

– Pai? – indago surpresa ao reparar trivialmente em sua cabeleira castanha, arrombando a geladeira.

 

– Ah, oi Sakura. – sorri forçado. – Você está aí. Pensei que chegava mais tarde.

 

– Sempre cheguei esse horário. – digo ainda boquiaberta por sua presença.

 

– Sim, claro, claro. – apoia os mantimentos em cima da bancada, logo guardando-os em uma sacola. – Eu só vim pegar algumas coisas, sabe.

 

– Vai voltar para o escritório?

 

– Vou, tenho muito trabalho para fazer, você sabe. – pigarra – Bem, deixei um dinheiro para você comprar algumas coisas, já que eu peguei quase tudo. – balança um pote de manteiga ao ar. – Eu já vou indo.

 

– Tão cedo? Não quer que eu faça almoço para o senhor? – eu sempre tentava, mesmo recebendo a mesma resposta de sempre.

 

– Não tenho tempo Sakura, você sabe disso. – vejo-o pegas as alças das sacolas e pende-las em seus dedos.

 

– Tudo bem. – engulo em seco. – Só toma cuidado. – sinto meus olhos marejarem ao ouvir a madeira batendo sem nenhuma palavra ou um beijo de despedida.

 

Desabo no batente da entrada da cozinha, encolhendo-me abraçando meus joelhos e sentindo as lágrimas de cansaço saírem espontaneamente – algo que segurava há dias e praguejava por não conseguir tirar todo aquele peso de minhas costas. Eu estava tão farta dos meus problemas familiares – se é que podia se chamar de família –, que meu próprio cérebro não enviava comandos para eu poder chorar, tirar toda aquela amargura de meu peito. Papai não se importava suficientemente para poder pelo menos perguntar como eu estava, como eu me sentia com a morte de Suzuki e mamãe, ele nem sequer se lembrava que tinha filha, talvez, fosse pela memória que eu remetia a Mebuki, e ele se afastou do único sangue que restara, como um covarde em uma batalha.

 

Eu estava morrendo a cada dia, e não tinha ninguém para me salvar.

 

*

 

Dormir com o pescoço encostado no concreto frio e desconfortável, não era de forma nenhuma, uma boa ideia para se obedecer. Especialmente quando se está andando na rua, e precisa move-lo para poder enxergar qualquer carro para poder atravessar, ou estar atenta a algum possível estuprador. Ainda mais quanto está tensa ao chegar novamente na pista de corrida, e lembrar de aventuras desnecessárias, e uma mensagem nada agradável, concebendo já argumentos fervorosos para uma plausível discussão.

 

O bar já se mantinha cheio para o costume do horário precoce, com pessoas entreditas segurando copos de álcool em mãos e outras, que se agarravam descaradamente em alguns cantos. Contudo, minha presença não foi nada além de um silencio hediondo invadindo suas bocas, e seus olhares curiosos, que perseguiam-me enquanto me mexia para poder sair do campo de visão daqueles brutamontes. A música baixa não contribuiu com meu disfarce, dando melhor ênfase em risinhos sacanas e comentários sobre como eu era a mais nova peguete do Uchiha.

 

Conto até dez para que eu não começasse a sair gritando em protesto de minha defesa, e berrar em como eles não tinham nada a ver com minha vida pessoal. Minha irritação logo de cara, sucedeu um abrir de porta brusco e novamente, um compugnar de quietude entre aqueles na caverna de Sasuke; torneando olhares entre mim e o garoto.

 

– O que faz aqui? – indaga levantando o queixo incompreendido.

 

– Vim trabalhar. – aproximo-me.

 

– Não leu minha mensagem?

 

– Não recebeu minhas ligações? – rebato recebendo uma feição hesitante. – Deveria saber que eu tiraria satisfações.

 

– Eu disse para você não vir.

 

– Por quê? Por que não queria que eu viesse? – trinco os dentes sentindo o ar começar a ficar abafado. – Você não pode me mandar uma mensagem assim do nada, sem nem ao menos me dar explicações.

 

– Docinho...

 

– Não interfira Karin. – corta-a. –  Eu iria te enviar uma mensagem assim que possível.

 

– Mas não enviou. – suspiro. – Eu preciso desse emprego Sasuke, você não pode me mandar embora assim do nada. – vocifero.

 

– Eu não posso te deixar no meu terreno com caras atrás de você. – trinca o maxilar. – É perigoso demais.

 

– Eles estão atrás de mim e não de vocês. Eu consigo me virar sozinha. – tento achar algum resquício de saliva em minha língua para poder engoli-la.

 

– Você consegue me irritar mais do que eu pensava. – se mantem calmo. – Eu não vou te deixar nas mãos de um bando de carniceiros.

 

– Eu nunca pedi a sua ajuda e não é agora que vou precisar dela. – volto ao meu tom habitual.

 

– Não me importa se você pediu ou deixou de pedir. Agora, você é problema meu. – prendo a respiração ao sentir aqueles olhos nus de cores quentes, me encararem de modo que tinha certeza do que falava.

 

– Não sou problema de ninguém. Suzuki que é problema meu. – encaro seus braços postos na mesa se contraírem com minhas palavras.

 

– Sakura, cai fora.

 

– Não vou sair até você me dar o que eu quero. – cruzo os braços instigada a ficar.

 

– Eu não vou deixar você sozinha no bar.

 

– Sasuke, ou você me dá o emprego de volta, ou eu... – começo a me aproximar mais do garoto com passos lentos. – Ou eu juro, que me entrego.

 

– Você não é nem louca. – sorri em escarnio.

 

– Você que não sabe do que sou capaz. – sinto seu hálito abater meu rosto com uma feição séria.

 

– Não vai mudar em nada se você mantiver o emprego da garota, Sasuke. – ouço a voz de Itachi se pronunciar. – Ela continuará correndo perigo da mesma forma.

 

Crispo os lábios sentindo o fervor já se esvaindo de minhas veias e o vento percorrer minha pele, fazendo eu voltar ao meu estado habitual, sem compulsão.

 

– Ótimo. Estou indo trabalhar. – digo por fim, não obtendo uma rejeição de sua parte.

 

Caminho para o banheiro dos funcionários, onde joguei água em abundância em meu rosto, aliviando a tensão e suspirando pesado logo em seguida. Visto meu uniforme e desço ficando atrás do galpão, esperando alguns pedidos chegarem. Não demorou para acontecer, e desviar minha atenção diretamente para o bar, que cada minuto em que passava, entrava mais gente, tornando aquilo como um formigueiro e tendo como Sasuke Uchiha, a rainha deles.

 

Reviro os olhos só de ouvir seu nome soar ao sopro.

 

– Duas tequilas por favor, Pantera Cor de Rosa. – uno as sobrancelhas pelo apelido, coisa que eu já deveria estar acostumada, só pelo fato de todos me apelidarem de tal forma.

 

– Aqui. – entrego aos dois homens o que se foi pedido.

 

– Sakura, certo? – um de fios ruivos indaga com um sorriso amigável nos lábios.

 

– Sim. – balanço a cabeça confirmando.

 

– É verdade que está pegando o Uchiha? – o companheiro pergunta curioso.

 

– Ei, cara. Não é assim que se chega em uma mulher tão bonita como ela. – empurra-o com o cotovelo.

 

Arquei-o os sobrecílios, sentindo uma queimação em minhas bochechas.

 

– Desculpe Sakura. – sorri. – Mas é verdade? Todo mundo anda comentando.

 

– Sasuke só é meu chefe. Não deveriam acreditar em tudo que falam por aí. –  dou de ombros me lembrando, por acaso, da situação em que dormimos abraçados, podendo sentir minha pele se encontrar com a sua. – Ele deve curtir coisas mais, avantajadas. – sorrio mínima ao apoiar minha cabeça contra minha palma.

 

– Poxa. Se fosse eu, não te perderia por nada. – repuxa um sorriso após tomar um gole da bebida. – Você é daqui?

 

– Sou sim. Desde pequena, sempre morei aqui. – encaro os orbes verdes do garoto. – E você?

 

– Me mudei pra cá faz um pouquinho de tempo já. – bate o copo na madeira. – Tem namorado? – aprecio seu olhar se desviar para baixo, envergonhado.

 

– Se você acreditar que não tenho nada com Sasuke Uchiha, talvez, eu possa estar solteira. – eu juro que não deixaria mais nenhuma transa passar despercebida.

 

– Sério que os dois pombinhos, vão me fazer de vela? – sorrio com o bico que o parceiro fazia.

 

– Sim. – dizemos em uníssono, logo após, caindo em gargalhada.

 

– Você até que é bem diferente das outras garotas daqui Sakura. – mordisca o lábio.

 

– Isso é bom ou ruim? – enfrento maliciosa.

 

– Muito, muito bom.

 

Antes de responde-lo, pude arrepiar-me com um calafrio emanar sobre onde nós três estávamos. Talvez, pudesse ser a ventania costumeira da noite, porém, com certeza, nenhum vento se compararia com uma figura alta e escura.

 

– Estou atrapalhando alguma coisa importante? – indaga após pigarrear.

 

– C-claro que n-não, Águia. – o loiro gagueja após se levantar, atraindo atenção de nós dois.

 

– Ótimo. – cruza os braços encarando de modo assustador o meu alvo.

 

– Pode ficar á vontade, chefe. – abaixa os olhos, deixando-me para trás.

 

– O que você pensa que estava fazendo? – se aproxima do balcão.

 

– Eu que te pergunto. – emburro colocando meus braços debaixo de meu busto.

 

– Eu te perguntei primeiro.

 

– Eu estava tentando transar, se é isso que quer ouvir. – me rendo. – Suigetsu tem razão.

 

Observo-o apoiar seus membros na mesa, repuxando um sorriso cínico em seu rosto.

 

– Ele não é para o seu bico.

 

– Não me importo, pelo menos ele era fofo.

 

– Fofo? Fala sério. – balança a cabeça em negativo. – Só porque ele te disse que você era diferente das outras?

 

– Não. – respondo imediatamente.

 

– Tsc. – estala a língua. – Seu gosto é péssimo.

 

– Como se eu fosse uma das mulheres que você transa a cada um dia. – o encaro.

 

– Pode ficar despreocupada, meu bem. Transar está sendo uma das últimas coisas que estou fazendo ultimamente. – molha os lábios, deixando um arrepio subir em minha espinha.

 

Maldito jeito de opor sua língua entre seus lábios.

 

– E qual está sendo a primeira? – arque-o as sobrancelhas tediosa.

 

– A primeira eu diria... – ralha os olhos, dando em seguida, um sorriso alheio em seus pensamentos. – Que é manter esses urubus fora do seu caminho. – sinto-o puxar meu dorso tranquilamente, e colocando uma espécie de pulseira em meu pulso.

 

– O que é isso? – indago arrebatada.

 

– Algo para te manter perto de mim. – levanta os olhos para o meu rosto.

 

– Eu não preciso de uma merda dessas. – pronuncio.

 

– Se você quiser continuar trabalhando aqui, vai ter que usar. – rebate em um tom firme.

 

– Isso não está no contrato. – pestanejo.

 

– Agora está. ­– noto o acessório de prata se fechar, com um pingente igual, do desenho na jaqueta de Sasuke. – Se acostume, isso não é nada demais comparado ao que vou te fornecer.

 

– Sasuke, você está exagerando.

 

– Não estou. – crispa os lábios sério. – Ah, e mais uma coisa...

 

Sinto seus dedos movimentarem a mexa de meu cabelo para trás de minha orelha, concebendo uma excitação de minha parte, ao me deliciar com sua voz rouca ao pé do meu ouvido.

 

– Espero muito, que quando for tentar transar com mais algum cliente meu, lembre-se de mim. – fico sem folego ao poder sentir, seu sorriso inebriando contra minha pele e sua respiração batendo ao lado do meu rosto, eriçando qualquer pelo do meu corpo. – Diz que entendeu, Sakura.

 

– Sasuke... – sussurro.

 

– Diz. Que. Entendeu. Sakura. – ordena paciente.

 

Suspiro ao reconhecer novamente, sua mão puxar meu cabelo da nunca, me deixando extasiada com o toque, que clamava por mais.

 

– Eu entendi, Sasuke. – digo por fim.

 

– Boa garota. – o toque muda de área, para o passar do dedão em meu lábio inferior. – Estou de olho em você.

 

Fecho os olhos, ao notar minhas pernas bambas, quase desabando no chão com a saída fenomenal do Uchiha.

 

Eu estava completamente ferrada. 


Notas Finais


Ah, esse Sasuke está me matando a cada dia 😫
Ciúmes? Talvez?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...