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História Tudo ou Nada (Hiatus) - Me Conceda Esta Dança


Escrita por: poetria

Notas do Autor


ok.
eu sei, eu sumi dessa história, mas voltei, juro!
todo o enredo da fanfic, está guardadinho comigo, a criatividade está rolando a solta, mas a desanimação falou mais alto por esses tempos.
queria apenas pedir desculpas, e me explicar aqui pra vcs, o quão difícil é, manter a animação por muito tempo, já que eu não só escrevo por escrever, eu escrevo pra me sentir bem, e eu não queria fazer algo só por obrigação, quero fazer algo porque eu gosto, pra dar o meu melhor pra vcs, sério.
bem, mas é isso, não irei prolongar muitoooooo
só espero que se deliciem com essa reviravolta, e amem bastante. <3
amo vcs

vejam lá, minha outra histórinha em andamento ;)
Swim
https://www.spiritfanfiction.com/historia/swim-19647812/capitulo2#Pagina1-ComentarioId116127711

Capítulo 10 - Me Conceda Esta Dança


Fanfic / Fanfiction Tudo ou Nada (Hiatus) - Me Conceda Esta Dança

  – Está tensa. – admite.

 

– Eu sei. – coço a garganta.

 

– Deveria relaxar.

 

– Eu sei. – prossigo.

 

– Sakura! – exalta, chamando minha atenção. – Terra. Chamando. Sakura!

 

– Estou aqui. –  abano minhas mãos ao alto. – Não vou fugir, eu nunca fujo, certo? – indago mais para mim pensativa, do que a ela.

 

– Mas não parece. – encara-me. – Você é corajosa o suficiente para não fugir seja lá qual for o nome do problema. – entona maliciosa. – Então, apenas relaxe docinho. – enquanto caminhávamos lado a lado, fez-se questão de massagear meus ombros, acolhedora.

 

– Merda, Karin. – recuo. – Está mais cheio do que o normal.

 

– Claro que está, docinho. – alarga um sorriso. – É Sasuke que irá correr. – pula animada.

 

– Me trouxe porque então? – franzo o nariz. – Não vou perder meu tempo, vendo dois animais correrem em direção a morte.

 

– Aí, para de ser ranzinza. – puxa-me pelo braço, adentrando na multidão aparente. – Está andando muito com Sasuke ultimamente, daqui pouco ficam iguaizinhos de cara emburrada.

 

– Não fico de cara emburrada. – dou um muxoxo. – Muito menos fico parecida com aquele ogro. – cruzo os braços abaixo de meu busto, formando um semblante enojado.

 

– Está vendo? – sorri travessa, apertando meus lábios em forma de bico. – Idênticos até no modo de como desdenham um do outro. Agora, imagine como serão os filhos de vocês? – questiona com um brilho nos olhos. – Olhos verdinhos... cabelos pretinhos... ou, talvez, ao contrário...

 

– Karin! – bato em seu ombro, desconcertada. – Pare de falar merda. Nunca que eu teria filhos egocêntricos, arrogantes, intrometidos, orgulhosos, metidos a besta... – tremo pelo alvorecer da raiva.

 

– Nunca diga nunca, docinho. – lança-me uma piscadela. – Mas dizer que ele não é um pedaço de mau caminho, você estará mentindo.

 

– Posso saber quem é um pedaço de mau caminho, que minha namorada tanto fala? – assusto-me ao ouvir a voz sarcástica de Suigetsu soar atrás da ruiva, entrelaçando seus braços a suas costas.

 

– Estava apenas comentando com a docinho, como Robert Pattison pode ser um puta de um pedaço de mau caminho. – revira os olhos em falsa excitação.

 

– Que péssimo gosto ruivinha. – sorri provocativo. – Ainda prefiro Daniel Radcliffe.

 

– Juro que vou dar um pé na sua bunda depois disso. – contorce o rosto.

 

– Será que a dupla fogo e água, poderiam amenizar a melação? – reconheço a voz de Obito ressaltar entre nós. – A gatinha aqui, não é obrigada ouvir essa vergonha de jovens apaixonados. – entrelaça seu braço ao redor de meu pescoço.

 

– Inveja menos, Grifo. – mostra-lhe o dedo médio.

 

– Invejaria se eu estivesse necessitado. – suspira. – Mas como este não é o caso... – sorri ladino, afundando o aperto.

 

– Fala sério... meça suas palavras Grifo. A docinho não é obrigada saber das suas mil transas em uma noite.

 

– Assim, você me ofende, Raposinha. – debocha, encenando um falso ressentimento. – Se ela quiser saber, talvez, eu mostre na prática. – lança-me um olhar malicioso.

 

– Muito obrigada, Obito. – largo de seu aperto, constrangida. – Mas ultimamente, eu ando tendo coisa melhor para fazer. – sorrio amarela, ao ouvir risinhos vindos do casal.

 

– Tudo bem. – dá de ombros. – Posso praticar com outra garota, talvez. – diz pensativo, escolhendo o próximo alvo.

 

– Pelo amor de deus. – Karin ralha os olhos. – Mesmo que você tentasse tocar na docinho, Sasuke apostaria Nada contra você, e ainda por cima, daria um chute nisso que você chama de pau.

 

– Não sei pra que tanta convicção, amor. – solta um piscadela. – Aquele dali, é horrível em apostas, além de ser um egocêntrico de merda.

 

– Eu não colocaria minha mão no fogo por isso. – o azulado profere.

 

– Que merda, parem de dizer asneiras sobre minha vida, estando eu aqui. – arrepio agoniada, ao lembra-me de noites atrás. – Sasuke não é tudo isso que dizem, não sei por que o furdunço.

 

– Está vendo? – aponta em minha direção. – A gatinha aqui, concorda comigo. – reviro os olhos com a exaltação.

 

– Sakura exala ódio. Você, exala inveja, Grifo. – Suigetsu pende a cabeça para o lado. – É diferente.

 

– Eu... – as suas últimas palavras, saíram de modo abafado, ao ruído que se estralou pelo ambiente.

 

– Mas ainda não é a hora de Sasuke... – observo a feição de Karin murchar, ao encarar algo que havia atrás de nós, coisa que eu ainda não tinha me atrevido a ver – ...correr. – estufa o peito, agraciada com o que via.

 

Permito-me analisar, detrás, o ronco que se estendia ao concreto. Não era carros prontos para alguma partida, muito menos Sasuke, fazendo uma entrada triunfante; era apenas motoqueiros, exibindo seu motor para a multidão. Conquanto, não havia-se quaisquer resquício de animação no lugar, tampouco, os olhares coléricos alfinetavam os indivíduos que patenteavam suas capacidades de fazer um drift em meio a pista.

 

Encontro nos semblantes dos três a minha volta, sorrisos vitoriosos e desgostos com a visão chamativa em que tínhamos.

 

– Eles chegaram. – a outra, anuncia, animada.

 

– Mais rápido do que eu imaginava. – sinto a áurea de Obito mudar negativamente, conforme a chegada dos ditos cujos.

 

Engulo em seco, exprimindo toda a tensão e o silêncio que pairou sobre todos, contemplando afobada, a imagem que se formava dos rapazes, ao tirar os capacetes e exibir ao monte, feições debochadas e portes musculosos ao descerem das máquinas mortíferas.

 

– Vejo que o gato comeu a língua de todos vocês. – ecoa as palavras, do que noto, os fios ruivos do rapaz e em como sua pele, era perfeitamente bronzeada. – Baile malditos. – entona sarcástico, rodopiando o objeto de segurança, guardando-o, para logo após, opor um palito de dente entre-os.

 

Sigo o olhar perdido do rapaz entre a muvuca assassina, para depois encontrar-se, ao contemplar todo meu corpo em perdição. De alguma forma, não atreveu-se a avançar, quando frisou não ter certeza de algo, quando tentava encontra-lo em meu rosto.

 

Prendo o fôlego, retribuindo a intensidade do olhar, ao ver seus passos calmos em minha direção. Todos prestavam atenção em qualquer movimento descuidado seu, analisavam sua pose arrebatadora, a ventania que esvoaçava seus fios curtos, suas mãos livres de qualquer objeto fatal, as vestes não tão diferentes como os dos outros presentes ali. O charme que emanava perigo, ao seu nome. O próprio pecado, igualmente ao Águia Negra.

 

– Docinho... – sinto o leve contato sobrepor em meu pulso.

 

– A quem devo a honra, dessa ilustre presença? – vejo-o alargar um sorriso, ao aproximar-se.

 

– Comece por mim, Akasuna. – assusto-me de prontidão, ao notar a mão grande e calejada, impedir o toque nocivo em meu cabelo.

 

– Uchiha... – encara-o sorridente.

 

– Chegaram cedo demais, para quem estava se escondendo. – soa a voz grossa e rouca.

 

– Não quando, achamos o que procurávamos. – o ruivo rebate.

 

– Não diga, como se não tivéssemos feito de propósito. – observo-o molhar os lábios, provocativo. – Sempre precisando de um empurrãozinho, não é, Almofadinha?

 

– Seria burrice de minha parte, se incomodar com algo, sendo que já tenho alguém que faz isso por mim... – alarga a boca, em escárnio. – de graça.

 

– Não diria que vir até aqui, em território inimigo, seria de graça. – enfrenta.

 

– É, talvez. – morde a madeira entre seus dentes. –  Por isso, que trouxemos Deidara. – torna-se vitorioso. – Você sabe, não viemos por você, desta vez, Sasuke. Viemos pela garota.

 

Fungo extasiada com a tensão que caía sobre meus ombros, as farpas proferidas.

 

– Porque só agora, ousaram me encontrar? – indago ríspida, trazendo todos os olhares a mim.

 

– Você sabe falar, coisa rosa. Pensei que Sasuke era seu porta voz. – debocha. 

 

– Não foi isso que te perguntei. – entono séria.

 

– Surpreendente... – gargalha. – Olhando agora, Suzuki sempre esteve errado.

 

Engulo em seco, afoita.

 

– O que sabe sobre meu irmão?

 

– Muita coisa, em que talvez, você nunca cogitaria imaginar... – encara-me.

 

– Não diga coisas só para você ganhar a confiança dela, Akasuna. – Karin comenta.

 

– Não me confunda com político, Raposa Vermelha. – esbraveja.

 

– Me convença. – desvencilho-me do toque da ruiva, tomando a linha de frente. – Me convença de suas razões para estar aqui.

 

– Deixa eu te pegar um drink primeiro. – repuxa o braço ao contato do inimigo. – Pelos maus hábitos de Zetsu, a dois dias atrás. – sorri.

 

– Astuto, Akasuna. Astuto. – Sasuke procede sádico. – Você pode até aproveitar de minhas bebidas e meus clientes, mas a garota fica.

 

Sinto a raiva compadecer em minha garganta, ao ouvir suas ditas palavras.

 

– Uchiha, Uchiha. – tamborila a língua ao céu da boca. – Você e seus costumes de achar que tudo é propriedade sua. Fala sério. – cospe.

 

– É tudo ou nada. – vejo-o trincar os dentes. – A garota fica. – fulmina-o com os olhos.

 

– Não é você que decide sobre isso, Sasuke. – pondero, concebendo um silêncio árduo entre nós. – Eu vou.

 

– Você é inocente demais, para saber o que está acontecendo. – em nenhum momento sequer, ousou me encarar.

 

– Eu não sou mais criança, pra ficarem me dizendo o que fazer. – tomo a mão de Sasori, prestes a sair daquele furacão.

 

Arrepio-me ao gelo da noite, ao ser puxada para trás, dando-me de cara com a carranca em seu rosto, esperando por qualquer protesto de minha parte.

 

– Não irei discutir com você hoje. – por fim, pronuncio, exausta de como achava-se dono de minha vida.

 

– Aproveite a noite, Haruno. – deseja em acidez.

 

Por um segundo, deixe-me levar a confusão, ao notar a fúria do garoto, e não encontrar nenhuma resposta para isso.

 

– Me diz, qual bebida gosta?

 

– Não me faça perguntas, como se fôssemos amigos. – sento-me ao seu lado.

 

Vejo-o alargar a boca, ressaltando as duas covinhas que continha ao lado de suas bochechas.

 

– Sabe, Sakura... – brinca com o palito entre seus dentes. – Suzuki nunca mencionou o quão casca dura você é.

 

– O que sabe sobre meu irmão, além disso? – arquei-o uma sobrancelha.

 

– Eu já lhe disse. Sei muita coisa que você não faz a mínima ideia.

 

– Então me diz.

 

– As coisas não assim, coisa rosa. – logo, faz um pedido de duas bebidas, a barista mal-humorada. – Não posso jorrar coisas em cima de você, sem estar preparada.

 

Rio em depreciação.

 

– Como se eu estivesse preparada para o suicídio de Suzuki. – dou de ombros.

 

– Aceite essa bebida, como minhas condolências. – pousa o copo, que reluzia em um tom amarelado, a minha frente.

 

– Tarde demais pra isso. – engulo de maneira exasperada o líquido, concedendo-me uma queimação por toda minha garganta ao meu peito.

 

– Assim você me desafia, coisa rosa. – vejo-o franzir o cenho, bebericando do vidro.

 

– Uísque e limão?

 

– Gostou?

 

– É meio requintado.

 

– E se eu te disser, que era a bebida preferida de Suzuki? – encara-me de soslaio.

 

– E por que eu deveria acreditar? – rebato.

 

– Eu não sei. – debruça os braços ao balcão. – Tire suas próprias conclusões, Pantera.

 

Formo um semblante sugestivo.

 

– Como vou tirar minhas próprias conclusões, se você não me diz nada?

 

– Primeiro que eu nem sei se você é confiável o suficiente para eu te dizer algo. – molha os lábios, travesso. – Nem sei o que você pode estar tramando com os Uchihas. Talvez, nem irmã de Suzuki você pode ser.

 

– Vai a merda, pelo amor. – reviro os olhos.

 

Prendo o fôlego, desperta a qualquer insinuação do garoto, ao ver sua cabeça aproximar-se a minha.

 

– Me conceda uma dança. – sussurra ao meu ouvido. – Esta noite, me conceda uma dança, que eu digo o que tudo que precisa saber. – sinto o ar quente abater em meu pescoço, timbaleando todos os meus sentidos.

 

– Porque, por que uma dança? – encara-o, com uma respiração descompassada.

 

– Eu diria que, provocar Sasuke Uchiha, é mais satisfatório do que parece. – observo-o sorrir sacana.

 

– Está equivocado, Akasuna. – digo convencida. – Sasuke nunca que se incomodaria com algo assim.

 

– Então me explica, o porquê dele estar nos encarando desde que nos sentamos aqui? – sigo o seu olhar, avistando ao longe, a negritude dos globos oculares, fulminando em seriedade, cada molécula presente em nossos corpos.

 

Águia Negra estava de braços cruzados, inerte a qualquer faladeira que entretinha a sua roda de amigos, enquanto, como um predador, aniquilava-nos com a frialdade em seu rosto.

 

Mordisco o lábio, desconcertada.

 

– Vamos. Baila comigo. – ouço o estilo musical do ambiente mudar, para algo mais sintomático a dança. 


 

Sasori, puxa-me a centro, afastando qualquer um que ousasse atrapalhar o show – formulando em seus rostos, feições nada agradáveis a exibição do inimigo. Tento concentrar-me em sua presença, e em como agarrou uma de minhas mãos decisivo e extrapolou qualquer distância que havia entre nós, ao levar-me de encontro ao seu peitoral. 

 

Encaro-o atônita, enquanto sorria satisfeito, com seu atrevimento em frente a um lugar tão mortal como aquele. 

 

– Vai ter que fazer mais que isso, se quiser saber sobre Suzuki. – provoca. 

 

– Não ouse dizer o que eu devo, ou não fazer, Akasuna. – encaro-o decida a não falhar. 

 

Eu precisava. Necessitava fazer aquele mínimo de esforço, se quisesse conhecer meu irmão, de forma diferente. Se eu quisesse, pelo menos, manter uma boa memória a ele. 

 

Precisava conhecer a suas benditas últimas palavras. 

 

E fazer, para ter conhecimento, em frente a Sasuke Uchiha e ao seu bando, com minhas veias que exalavam fúria a sua pessoa e o seu maior inimigo ao meu lado, era a melhor ideia, para se ter agora – mesmo que a indagues em meus pensamentos, tamborilava sem saber se o mesmo, reagiria assim por mim, tendo rejeitando-me de modo grotesco dias atrás. 

 

Ele havia pedido para eu esquecer, que aquilo, aquele beijo, aquela intensidade que deixava-me acordada por noites, era um erro. E bem, com o ruivo ao meu lado, era isso que eu iria fazer. 

 

Dessa vez, eu tinha certeza. Sasuke não conseguiria amar, algo além de Aoda. E isso, de certa forma, decepcionou-me por dentro. 

 

O movimento quente e seguro, que o garoto havia feito, em agarrar-me apenas pela cintura, dissipou qualquer desatentamento de minha parte, recolocando-me de volta nas luzes amarelas que iluminavam a nossa dança. Os passos marcados em que fazíamos, de descermos até o chão, em sincronia, arrancou suspiros minuciosos, tornando o ambiente mais quente ao perigo. 

 

O ritmo da música, relaxante ao mesmo tempo sensual, forçou-me colocar meus braços envolta ao pescoço do bronzeado, fundindo-me mais ao atrito de seu corpo chamejante e musculoso, na qual, formou-se em seu rosto, contágio com minha ação. 

 

O sabor da vida, mais uma vez, acendeu em meu peito. Inebriou qualquer via aérea, com a quentura de querer sobreviver, fez-me esquecer de toda preocupação que algum dia eu tive. Não havia dor, segredos guardados há mais tempo, ou até mesmo, brincadeiras – do que podia se dizer – com armas apontadas a sua cabeça. 

 

Estava livre, com Sasori ao meu encalço, acompanhando cada pé em que movimentava, indo para trás, enquanto o dominava pela frente. Encarou-me mortífero, antes de abocanhar meu pescoço em perdição, roçando cada lábio seu, até meu seio coberto. Arfo ao pender minha cabeça para trás, sentindo toda embriaguez chacoalhar ao meu cérebro. 

 

Estava quente, quente e quente. 

 

E ao virar-me de costas para seu corpo, não ajudou em manter minha sanidade mental acentuada, já que, não perdeu tempo, para deslizar o seu toque por toda curva de meu tronco, pairando ali, ao ílio, enquanto alimentava-se do cheiro da curvatura do meu pescoço novamente. 

 

Instintivamente, recoloco minhas mãos onde ousei pousa-las ao começo. Estávamos encubados um ao outro, fundidos pelo suor e o álcool da sensualidade, pelo interesse de algo em troca. Eu precisava de respostas, Karin, Itachi, Sasuke, sabiam disso. E Sasori, apenas precisava daquele momento, e eu, lhe dei. 

 

Usufruindo daquilo, daquele diversão em que tanto necessitava sem saber. 

 

Sasori, reverte minha posição, abatendo o encontro do nosso olhar, pronunciando algo, antes de soltar-me ao fim da música.

 

– Se quiser ainda me beijar princesa, ou saber sobre Suzuki, tanto faz... – sorri. – Me encontre amanhã de manhã, na cafeteria Appurukēki. 


 

Torno-me perplexa ao seu anúncio, recobrando o sentimento de desejo por lembranças mal guardadas de uma noite em especial. Ralho os olhos ao lugar de pessoas embasbacadas com a saída triunfante de um Akatsuki, a procura de Sasuke e sua arrogância, mas, não o encontrei.


 

*


 

Eu não havia conseguido dormir. 

 

Todo suor ou cansaço pelo show de ontem, contrafez o efeito, tomando toda a insônia e pensamentos conturbadores a minha mente. Depois de tudo aquilo, Karin insistiu para levar-me para casa, e eu, sem a menor chance a sua teimosia, cedi – concebendo a minha noite, uma frase em que ressaltou a dizer: 

 

– Você provocou algo que não devia. 

 

E tudo foi-se por água baixo. Não sabia o que pensar, muito menos sabia que estar ali, sentada com minhas pernas trêmulas de nervosismo, era-se mais perigoso. Principalmente, pela ruiva perniciosa, que escondeu o realmente fato por aquela maldita frase. Não havia dito mais nada, além de um "tome cuidado, docinho”, deixando-me furiosa.

 

Repassou em minha mente, diversas vezes a aquela madrugada, do percurso até aqui, do que poderia ter insinuado. Mas, nada além do vazio vagou em minhas lembranças. E o sofrimento prolongou-se por mais horas, com a demora do ruivo ao encontro marcado. 

 

Talvez, eu estivesse ao ápice de explodir. 

 

– Achei que fosse demorar. – sobressalto ao ouvir a voz sarcástica invadir meus pensamentos. – Está assustada? – senta-se. 

 

Noto de relance, a pele de seu pescoço – em que não havia prestado atenção ao dia anterior –, os traços redondos, que formulava algum tipo de nuvem, na qual, em algum momento de minha vida, eu já havia visto.

 

– Você demorou. – desconverso. 

 

– Você está com olheiras. – analisa-me. – Você dormiu bem? 

 

– Por que não dormiria? 

 

– Por que acho que seja a sua quinta xícara de café? – rebate com um olhar sugestivo ao copo do meu lado. 

 

– Eu só estou exausta, tá legal? – encosto a cadeira. – Me faz ficar acordada. 

 

– Por quê? Se divertiu bastante ontem? – debocha. 

 

– Vai a merda. – sugiro. 

 

Engulo o silêncio que pairou ao momento, atrevida a dizer: 

 

– É você, não é? – encaro-o.

 

– O que? Eu posso ser muita coisa. – dá de ombros. – As mulheres dizem o quão sou gostosão, forte, gato, mulherengo... Aí você decide. 

 

– Você é péssimo fazendo piadas. – franzo o nariz. – Estou dizendo, que é você, o cara da boate, quando dançamos juntos pela primeira vez... 

 

– Achei que já soubesse. – friso em seu rosto, uma pequena lucidez de desapontamento. 

 

– Então, quer dizer que você não só dançou comigo para provocar Sasuke. Queria ter certeza de que o reconheceria. – digo algo que martelava-me a horas. 

 

– Ver o quão Sasuke ficou furioso depois que saiu do próprio bar, foi impagável. Mas sim, a maior questão era essa. – dizia enquanto folheava o cardápio, a procura de algo. – Precisava mostrar pra você, que sempre estive presente.

 

Uno as sobrancelhas, em confusão.

 

– Não achou que só Sasuke te protegia, não é? – levanta o olhar, curioso.

 

– Sasuke nunca me protegeu de nada.

 

– Qual é, coisa rosa, o dia que ficaram presos na casa do lago, eu estava lá. – convence. – Não achou que eles iriam embora, assim do nada...

 

– Porque está só me dizendo essas coisas, agora? – engulo a raiva, que protestava sair. – Se diz tanto conhecer Suzuki, por que não veio me procurar antes de tudo?

 

– Eu não podia. – fecha o cardápio, concentrado em suas palavras. – Eu precisava saber o que estava acontecendo de longe, não podia avançar com os Ōtsutsuki na nossa cola.

 

– Então, antes de eu ir ao Mankegyou Sharigan, procurando emprego, você sabia? – questiono.

 

– Sabia, todos nós sabíamos que alguma hora você precisaria de dinheiro. – vejo-o trincar o maxilar, antes de prosseguir. – Mas não imaginaria que procuraria em um lugar, como os Uchihas.

 

– Não importa. – digo desgostosa. – Eu fui até lá pela única oportunidade em que tinha. Eu só queria o dinheiro, e me meteram nessa confusão toda.

 

– Não é tão simples. Eles viriam te procurar de qualquer jeito, você não iria conseguir escapar de nenhuma forma. – encara-me sério. – É por isso, que precisa estar preparada.

 

– Eu já disse, não me importa se for pelo meu irmão. – crispo os lábios.

 

– Sakura... – entrelaça os dedos, um ao outro, clamando por minha atenção. – Você precisa estar preparada pra entrar de cabeça nessa merda toda. Precisa ter certeza de que consegue aguentar essa barra de apostas, dinheiro, infidelidade, a porra de uma vida curta, pra que eu possa dizer tudo de Suzuki pra você.

 

– Como eu posso confiar, como posso acreditar em que tudo que dizer é verdade?

 

– Me deixe tentar.

 

Congelo, assustada, ao sentir o toque vaporoso, deslizar em meu pulso, abaixo da joalheria que pendia ali.

 

– Eu não posso te proteger, como eu desejaria. – olha-me firmemente. – Mas, ele pode.

 

– Eu não preciso ser protegida. – ergo os ombros, desviando de seu toque.

 

– Não seja boba. – repuxa um sorriso cínico. –  Águia Negra marcou território, e o conhecendo bem, ele vai matar e morrer, pra cumprir essa promessa.

 

Recompõe-se a sua postura travessa.

 

– Você é especial, querida Sakura. – lança-me uma piscadela.


Notas Finais


sim, Sakura sambou na cara do Sasuke nesse capítulo ;)
ps: o que acharam do gostosão do Sasori?


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