Lista de leitura ➸ jikook *๑♡՞

Quando Park Jimin abriu os olhos pela primeira vez, tinha muitas expectativas sobre o mundo, sobre sua vida e todas as experiências que viveria dali em diante. Ele era um robô recém fabricado, ainda em fase de testes, e apesar de sua média aproximada de vinte e três anos, era completamente novato em viver. Em contrapartida, Jeon Jungkook era um humano comum que tinha vinte e um anos de idade e muitas experiências de vida - talvez até demais para alguém tão jovem -, mas nenhuma delas, até então, envolvia ensinar alguém a ser humano.

(Essa fanfic só será atualizada no wattpad a partir de agora!)

Park Jimin levava uma vida tecnicamente feliz; tinha uma boa casa, cursava uma boa faculdade e tinha um bom namorado. Tudo estava excepcionalmente bem, até receber a terrível notícia de que seu namorado havia se apaixonado por outro e estava terminando seu relacionamento. Frustrado o bastante para sequer querer sair de casa, é persuadido por uma boba propaganda de um “namorado perfeito”, na qual os vendedores garantiam um boneco-humano capaz de ser um excelente namorado, e acreditando ser uma brincadeira idiota, o Park não pensa duas vezes antes de fazer sua encomenda no site.

Entretanto, a certeza que criou sobre aquilo ser uma brincadeira se despedaçou ao, dois dias depois, receber uma caixa enorme em frente ao seu apartamento.
E foi ao abrir a maldita caixa que os problemas, além dos que já tinha, começaram a aparecer.

Ou talvez, a solução deles.

E se tudo tivesse sido diferente?

Fotografar as coisas ao seu redor sempre pareceu perfeito para ele, capturar os momentos antes que eles tivessem o seu fim era essencial para que o garoto conseguisse entender um pouco mais de cada um com quem ele convivia, como o garoto de cabelos laranjas e seu fascínio pelas estrelas, mas isso não parecia o suficiente. Ainda haviam coisas ocultas, segredos da vida que Jungkook gostaria de desvendar, mas que a lente da sua câmera nunca seria capaz de capturar, nem mesmo em outros universos.

kookmin/jikook | sidestory!366 dias | longfic

Jeon Jungkook não nasceu em berço de ouro. A família mal possuía o que usar como alimento ou vestimenta, no entanto, graças ao potencial e inteligência do jovem alfa, as ruínas chegaram ao fim para a família Jeon.

Vinte e quatro anos, um empresário de sucesso, belo como nenhum alfa conseguiria ser e dono de uma lábia sem igual, Jungkook escondia de todos um segredo que provavelmente arruinaria sua carreira como empresário por culpa da sociedade preconceituosa e dividida da Coreia: o DNA alfa do garoto escondia nada mais, nada menos que genes ômegas, ou seja... Vez ou outra, o seu cio era como o de um ômega normal, e ultimamente, esses cios vinham se tornando mais e mais frequentes.

Porém, por mais que sua entrada sempre se contraísse em cada cio que tinha, Jungkook não era gay. Quem ficava por cima era ele, não? Ele era o alfa... Não era? Dentre incertezas e tortuosas dúvidas, o empresário conheceu Park Jimin, o alfa mais sorridente e fofo que já havia visto, e que provavelmente seria a solução para seus problemas... Ou só o afundaria mais na insegurança.

Depois da perda prematura de sua filha, a bebê Pyp, Jeongguk e Jimin perderam-se um do outro, embora morassem na mesma casa e continuassem a se amar perdidamente.

Jimin não perdeu a vontade de ter outro filho, mas Jeongguk está relutante com a ideia.

Porém, ao acharem um garotinho de aparência excêntrica no meio da rua, numa noite congelante, vão descobrir que a luz sempre volta de manhã.

Nunca imaginei que uma música nossa representaria todo um momento da minha vida. Nunca imaginei que em cada teste de gravação fosse obrigado a reviver as mágoas e as dores desses últimos quase 4 anos.

Mas essa é a verdade! Estamos nós dois dentro de uma casa de cartas. Sem uma base sólida, sem alicerces que a sustentem, brigando em sussurros no escuro para que o ímpeto de nossas vozes não sejam o sopro que trará o fim.

Fim... Engraçado pensar no fim, quando sequer tivemos um começo. Partilhamos bons momentos, não tenho como negar. Mas, na realidade viemos nos arrastando em um jogo de gato e rato, onde nenhum de nós dois sabia quem era a presa ou o predador, ou se alternávamos nesse papel. Em alguns momentos houve o desinteresse daquele que talvez de barriga cheia não estivesse disposto ao jogo de sobrevivência.

Fato é que, talvez não haja sobreviventes. Eu provavelmente não sobreviva.

Venho morrendo aos poucos, dia após dia. Resistindo ao respirar de maneira sôfrega quando o aperto forte de mãos geladas brevemente se afrouxa, não por arrependimento, carinho, consideração ou ao menos respeito. Não, esse breve momento me é dado somente para que eu permaneça mais tempo jogando.

Às vezes pode ser melhor morrer para nascer uma nova pessoa, assim como os rurais queimam por vezes o fim de uma plantação para que a terra seja saudável para um novo plantio.

- Se não for por questão de trabalho, não quero te ver mais, te ouvir ou mesmo partilhar do mesmo ar que você. Entendeu bem Jeon Jungkook? – Grito em um momento de raiva, e os sussurros nobres que sustentavam nossas paredes de naipes são vencidos pelo som de minha agonia.

As paredes caiam e nós não nos dávamos conta, ainda presos no nosso infindável círculo de amor doentio. Por fim, só há escombros. Não há mais reis, damas, valetes, nem mesmo naipes. Só restam nós, os coringas. Máscaras assumidas por nunca podermos mostrar quem realmente desejamos ser.

Saio apressado, firme e decidido. Fraquejar novamente não estava em meus planos. Hoje eu morri mais uma vez, penso me dirigindo ao carro que me aguarda. Essa talvez seja minha última vida, afinal nem um gato possui tantas assim. Decido que esta vai ser diferente. Que eu vou ser diferente, e a força dessa convicção me dá coragem de respirar mais uma vez.

Jungkook precisava de ajuda. Sua satiríase já estava atrapalhando sua convivência com a família, tanto é que o garoto teve de se mudar para Seul em busca de tratamento.

O que ele não imaginava é que o homem que seria seu terapeuta também viria a se tornar sua maior fantasia. Os olhos pequenos, lábios carnudos, cabelos loiros e desgrenhados de Park Jimin viriam a ser a causa da loucura de Jungkook.

"ㅡ Mas... m-mas você não é um terapeuta, senhor Park? ㅡ murmurou o mais novo, sentindo um leve arrepio na espinha ao pronunciar o sobrenome do outro.

ㅡ Sim, mas também sou sexólogo. Não acha que isso é ainda mais útil no seu caso, Jeon? ㅡ respondeu Jimin em um tom que deixavam explícitas as suas possíveis segundas intenções. O loiro então se aproximou do divã onde Jungkook estava deitado e se inclinou, deixando as faces bastante próximas. ㅡ E por favor... me chame apenas de Jimin."