DevilHarybel

As brumas vindas do Mediterrâneo carregavam consigo muito além do frio e da escuridão. Elas traziam histórias de um povo desconhecido, falavam sobre bárbaros imundos, feiticeiras e tantos outros seres mágicos. E bastou tais sussurros, histórias e lendas, para que um ditador fosse levado a loucura. O medo foi enraizado em seu coração, seus sonhos foram perturbados e a suas legiões ordens foram dadas: o medo governou em seu lugar e esse medo fez com que uma guerra fosse iniciada. 
Homens foram mortos; raças inteiras apagadas da história; muitos nomes esquecidos para sempre. Romanos e celtas enfrentaram-se no campo de batalha e o mundo jamais conheceu o que de fato aconteceu naqueles dias. O que foi visto; o que foi prometido ser esquecido... até agora. 

Sasuke sempre foi muito popular entre as meninas e Sakura mesmo sendo amiga dele não escapava do charme do Uchiha, mas quando os dois chegam no ultimo ano da escola ela resolve desistir.
Ela não podia obriga-lo a amá-la, não é mesmo? E por que ele escolheria logo ela entre tantas meninas?
E agora como se fosse coisa do destino, uma nova pessoa entra na vida da rosada será que será tarde demais para Sasuke ?

Neve e sangue, há anos os ventos da paz não sopravam nas terras escandinavas.
Sob o céu nórdico coberto pelas luzes das auroras, a terra era dividida por clãs, cada um detinha um poder mágico, que segundo uma lenda antiga foi concebido pelos deuses. Os poderes eram presentes antecipados diante da promessa de paz, promessa esquecida pelo tempo.
A harmonia entre as aldeias se tornou uma Utopia. Diante de tanta guerra e ódio os Deuses choraram e como o oráculo havia previsto eles interferiram a sua maneira no mundo dos homens.
Nada é por acaso nem mesmo um feitiço mal sucedido ou um "presente" mau recebido.

Antes de entrar em casa eu pego o spray de hortelã na minha mochila, não quero correr o risco de minha mãe estar acordada e sentir o meu bafo de vodka. Sermão essa hora está fora de cogitação. Escândalos, melhor dizendo.
Eu consegui pedalar, então significa que não estou embriagado. Conseguirei andar e subir as escadas e não vomitarei no quarto.
Retiro da minha mochila um saco de doces que comprei com dois dias de antecedência. Minha mãe nunca deixaria eu participar de uma festa de halloween para jovens, daí tive que mentir – O que sempre faço.
Dezessete anos e pegando doces, ainda tenho uma reputação, não que valha muito.

– O adolescente fugitivo faz a caminhada da vergonha, tentando esconder dos pais o bafo de álcool. – me virei assustado pronto a dar todo o tipo de desculpas para a dona Mikoto, mas a visão que eu encontrei foi bem diferente do que minha casta mãe.

Minha primeira visão foram as panturrilhas torneadas, balançando tranquilamente, ela estava sentada em cima da bancada de mármore da minha mãe. O shortinho tão indecente que mais parecia uma calcinha, uma grande tigela de doces (doces esses que eu sabia que minha mãe tinha distribuído para as crianças da rua) ao lado. Mas a coisa que mais me chamou a atenção e me fez parar de raciocinar por alguns segundos, foi a pequena tatuagem, duas cerejas próximas a sua virilha.

– Você deve ser o Sasuke… – ela saltou da bancada em um salto mudo, parando bem próxima a mim. – Você é um garotão bem grande para a sua idade… – ela deu uma risadinha, me analisando.
– Quem é você? – foi a única coisa que consegui perguntar, passei as mãos nos olhos, para ter a certeza que não era produto do álcool russo que corria em minhas veias.

Uma flor de cerejeira marcada pelas obrigações ligadas a seu sangue Uzumaki.
Um homem sombrio marcado pelo ódio carregado por seu sobrenome Uchiha.

Em um mundo onde a paz sustentava-se apenas por alianças políticas, um acordo irrefutável de casamento acaba por entrelaçar dois destinos distintos.. Unindo duas pessoas completamente diferentes.

Seria ela capaz de amar tal homem frio?
Poderia ele ter seus pensamentos destinados, algum dia, àquela mulher?

Uma história que ensina que a cada passo dado, um novo destino constrói-se, porém apenas ao verdadeiro amor permite-se escolher o ideial. . .

No mundo da yakuza ter sentimentos é mostrar fraqueza, é dar armas para seu inimigo.

O imponente e intimidador Uchiha Sasuke é quem comanda toda a máfia japonesa com mãos de ferro. Conhecido como o Oyabun mais impiedoso e sem sentimentos que já esteve à frente daqueles homens, ele não tem espaço para amar ou se importar.

Mas, até mesmo o pior dos homens pode ser hipnotizado por um belo sorriso.
E ele faria tudo por sua flor, seu refúgio em meio a insanidade.
A única capaz de preencher sua existência vazia e aquecer seu coração de pedra.

Resiliência é a capacidade de lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão de situações adversas.

“– Qual o seu nome querida? – A mulher de cabelos e olhos negros me perguntou.
Eu odiava essa pergunta por nunca saber como responder. Foram tantas famílias, tantos nomes, apelidos e sobrenomes diferentes que mal me lembrava do original. Depois de forçar muito minha memória, consegui responde-la.
- Sakura – Disse em um breve sussurro, mas que, tenho certeza que ela ouviu pelo sorriso que deu logo em seguida.
- Seja bem vinda a família querida – Seu sorriso era grande e, se interpreto bem expressões, era um sorriso sincero. O homem que estava logo atrás deu um leve sorriso de canto e rumou em direção à porta do orfanato. Mais uma família para a minha longa lista de desilusões.”

O mundo antigo foi patrono de grandes homens, os quais firmaram sobre a história seus nomes e feitos. Marchando sobre a terra com seus exércitos conquistaram seus lugares. E entre todos os que se perpetuaram, os reis persas foram os mais aclamados.
Construíram para si o maior império que o mundo chegou a conhecer. Formado de homens forte e justos em suas verdades. Homens leais que dariam tudo de si pela tão amada pátria.
Sasuke Uchiha era o segundo príncipe e general dessa nação e sobre seus ombros carregava o maior dos fardos. Por isso, submeteu-se ao ato mais vergonhoso segundo seu julgamento...

Porém naquele tabuleiro de xadrez ele não era único peão a sofrer com seu destino...

Os homens que lutavam em guerras eram considerados heróis. Os mais poderosos ganhavam cantos e seus nomes eram escritos nas tábuas da eternidade. Mas as mulheres que nasciam com forças iguais, eram tachadas de monstros, temidas e odiadas.
Sakura nunca quis que essa fosse sua verdade, todavia para isso ela havia sido criada. Uma guerreira mortal, sem sentimentos ou esperanças, alguém movida apenas pela vontade de seu progenitor.
E mesmo quando ela tentava arraigar sua liberdade, era feita em destroços e seus destroços eram pisoteados, findando todas as suas esperanças...

No fim, os dois eram tão parecidos que chegavam a ser iguais, cada um sendo usado como um cavalo do seu lado do tabuleiro. O único problema é que nem sempre se pode prever a reação que a sua jogada pode causar no jogo.