Dysfunctional

" - Onde se conheceram?
- No reformatório. "
Se sua vida mudasse drasticamente de algo monótono e um tanto melancólico para um caos contínuo de repente, a questão é se você sobreviveria.
A última coisa que Samantha Rivers desejava mostrar era fraqueza. A selvageria os mantém vivos. Algo tão sério e selvagem cercava seu coração, que apesar de novo aparentava anos por fora. Mas coisas improváveis acontecem em lugares improváveis e com pessoas também improváveis. Então qual o sentido? Não há. Você faz o sentido. E Samantha estava lutando para descobrir o seu. Toda aquela conturbação contínua não poderia ser salva facilmente. Amigos vão, amigos voltam. E a amizade também tem garras, assim como a família, acredite ou não. De que lado da verdade você está?
Mas coisas se endurecem com o tempo, e as Bad Girls, elas não choram.

Tamanha emoção não podia ser contida em suas veias. E então toda a química daquela droga manifestava-se externamente e de maneira divinamente intensa. Seria aquilo por puro prazer ou apenas por uma vontade inconsciente de sentir-se seguramente satisfeito? Mas aquela substância nunca os dava satisfação, apenas aumentava seu desejo incontrolável de encontrá-la, os levando até o abismo cavado por eles mesmos em meio a uma tempestade em terra íngreme.
Axl tentava agora esconder os problemas com as drogas de seus colegas e empresários, mesmo que hipócrita com alguns. Metanfetamina, álcool e heroína haviam ganhado participação em sua cabeça, e agora seus surtos parecem piorar. Cada vez mais atordoado, o cantor vê-se em meio a uma eterna confusão. Ao mudar-se para uma casa nova em Hollywood Hills, eventos estranhos ocorrem. Ele presencia algo sobrenatural que não acreditava à muito tempo atrás e agora questiona-se sobre tais acontecimentos. Seriam aqueles demais surtos e alucinações de sua cabeça ou realmente uma advertência? Como dizem, "O sobrenatural seria o natural mal-explicado se o natural tivesse explicação".

“Eu queria fama, queria fãs, dinheiro e todos os garotos. Queria dedilhar todo instrumento possível e fazer uma multidão completa de um milhão de pessoas gritarem, e conectarem sua energia independente de raça, religião ou qualquer um destes “rótulos” pra disfarçar que até o mais rico burguês é feito da mesma blasfêmia e dos elementos que aquele drogado pobre que passa fome em meio à Boulevard, subindo e descendo até Sunset, Santa Maria ou Malibu pedindo esmolas.
Queria um corpo escultural e beleza aos pés da perfeição. Queria ser amada. Ser um exemplo. Ser alguém e algo dos quais ninguém se arrepende da existência deste e que agradeça-me por tê-los ajudado de alguma forma expressando minha arte. Queria ser uma artista, uma lenda. Mas toda essa “ambição” ou “ganância”, dependente do seu ponto de vista, tem suas origens devidas.
Não tive fama, dinheiro, fãs, amigos e nenhum dos garotos. Não sabia dedilhar instrumento algum sem desafinar, e as únicas multidões que conhecera foram as garotas más do time de educação física e basquete na escola que me vaiavam todas as 5 horas do dia que passava na escola. Sou horrível em expressar palavras e meu corpo é horroroso e magrelo, como o de uma garotinha. Não tive amor, e nunca fui parabenizada por ter feito algo certo. Apenas “você fez/está fazendo errado”. Não consegui ajudar ninguém se não por mostrá-los como a vida deles poderia ser pior, como a minha. Era um pingo de óleo no meio do mar. Minha auto-estima não valia um por cento do que os outros são. Mas ao mesmo tempo não ligava pra nada disso, e explodia minhas frustrações em esportes, instrumentos e pensamentos fervorosos escritos em cadernos e diários. Com desprezo e compaixão, Rhiannon.”

Atrophy e Guns N' Roses eram como duas bombas chocando-se em meio à multidão de Los Angeles. Ambas as bandas pareciam sempre estar disputando vagas de apresentações em bares, não importando o quão pequeno ou mal pago fosse, apenas pelo espírito competitivo. Disputavam não só isto, como sua reputação, músicas, solos, alcances vocais - alcoólicos e químicos também - e trocas de palavras entre os integrantes. Ao ver de alguns parecia apenas um desentendimento entre bandas machistas e feministas. Mas as bandas não rotulavam-se assim, e nem tampouco era o motivo de tanta disputa. Partilhando a mesma gravadora e a partir daí o mesmo abrigo, ambas teriam de controlar-se, e ambas deixariam empresários e gravadora malucos da cabeça. O que acontece quando você coloca alguns caipiras em um campo de briga em um palco?

"- Som alto, vidros quebrando, mulheres de salto, pessoas malucas e discos por todo o lado... Mas e se - os vidros quebrados fossem aqueles que você limpava no expediente para sobreviver à fome, se o som alto fosse na verdade uma vitrola estourada, ou se as pessoas malucas fossem fregueses ignorantes e drogados, as mulheres de salto suas chefes mimadas e se os discos fossem de uma lojinha qualquer local?"
- Michael, Michael, por favor não me faça rir mais do que quando li seu currículo. Esqueça. Vá para casa. "
Michael era um clássico garoto de Seattle que apenas pagou as dívidas dos problemas entre seus pais após o divórcio. Quando crescesse, esperava que música, drogas, bebida e sexo pudessem ser suas coisas favoritas, talvez as melhores de sua vida. Mas a verdade era que - Não haviam todas aquelas garotas garotas de seus sonhos; cabelo longo, personalidade rebelde e problemas com substâncias o desclassificaram de cada emprego - e seus irmãos? Sabe-se lá onde estavam. 8 pessoas normais convivendo com a loucura de que o irmão estava na outra extremidade do país na cidade perigosa dos anjos enganosos. Duff vai para a Califórnia com um propósito - Mas nunca imaginara como sobreviveria.
Este é um relato da trajetória de Duff McKagan, um selvagem inocente na cidade grande. Irônico, talvez. Exagerado? Nem em um milhão de anos!

"O sangue que escorria de seus dedos era tão contrastante com sua pele pálida e tão denso quanto o que seus olhos deixavam escapar, como se formasse uma imagem aterrorizante em suas mentes. Mas a questão é - era permanente. E era parte do feitiço." AWB, aquele nome destacava-se nos jornais em 1960. "Association of Witch Hunters", "Associação de Caçadores de Bruxas". Após o incidente das queimadas de bruxas duzentos anos antes, logo descobriram no estado de Louisiana que não haviam sido exterminadas completamente - E para seu terror descobrem que não apenas uma geração, mas várias foram procriadas e espalhadas pelo continente. E logo uma exterminação feito a dos judeus na Segunda Guerra, iniciou-se com Veronica White - evangélica que diz ter sido "testemunha" de um feitiço atrás de sua Igreja em uma noite de culto onde seu irmão havia sido possuído e controlado por ervas e bonecos de vodu. AWB era como um campo de concentração no interior de Louisiana, próximo a Kentwood, com vários metros quadrados de altos muros de cimento com tiras de aço em cima e portas pesadas de ferro e metal, onde havia por dentro uma espécie de local de tortura, que também era conhecido como um tratamento próximo ao de um asilo. Mas afinal, por que não dar boas-vindas aos convidados?

" Sua pele era alva como a doce neve de inverno. Seus lábios eram vermelhos como o sangue que naquele momento escorria entre meus dedos, mas eu não ligava. O preto de suas roupas de couro a faziam parecer um Anjo. Sua pele parecia ser tão macia como seda, assim como seus lábios. Ela o fazia querer tocar e se aproximar dela. Até que ela o surpreendesse com algo mais. E quando você a olhava nos olhos, você via um, um Anjo. Da morte. Não sabia se deveria sentir medo, dor... Mas acontece que eu estava paralisado. Naquele rosto havia uma beleza exótica e de outro mundo. Mas eu estava em transe. Não vi o perigo por trás. Assim como nunca percebi a ameaça que ela escondia em seus olhos. Apenas tentava os ler e decifrar sua expressão, mas ela tinha seus jogos. Eu tinha meus medos. "Será que a verei novamente?" "
1990. Axl finalmente parecia estar colocando sua vida nos eixos certos. Tudo parecia o verdadeiro paraíso para ele. Após tantos anos se dedicando a sua banda, guardando um segredo sombrio... Ele conseguiu encontrar a Paz. Ou ao menos foi o que imaginou. Aquela noite de 10 anos atrás ainda o assombrava toda vez que vinha à tona. Ele rapidamente encontrava um jeito de apagar os pensamentos e continuava com sua vida. Mas e se o terror de Indiana se transformar no terror da Califórnia? E se mesmo depois que a praga parou e ele achava que tudo fora como o planejado, poderia isto ser uma ilusão? O monstro sanguinário poderia estar ali? E em relação à... Ela. Ela estaria ali com ele? Estaria ela ali 'por' ele? Se ela sequer aparecesse... Aqueles pensamentos o torturavam, principalmente quando a praga se instalou em sua cidade.
" Tranquei as portas, janelas, me apoiei ao balcão da cozinha e acendi uma vela. Suspirei. Novamente o ferrolho da porta começou a chacoalhar, e a vela finalmente se apagou seguida de uma brisa. A brisa daquela noite sombria em Indiana. A brisa da morte. Seria Ele? Estaria Ela lá? "

"Ás vezes o amor te faz bem, te faz se sentir como a pessoa mais feliz do mundo, ou a mais apaixonada. Já outras pessoas confundem isso com a necessidade de serem amadas... e acabam machucando a si mesmas. Ás vezes o amor te faz sentir como se você fosse uma parede de vidro e... alguma coisa te atingisse... tão profundamente e com tanta força que você acaba se cortando... ou se quebrando... Como cacos de vidro, as partes mais raras e profundas do seu coração, se espalham pelo chão em milhares de pedaços. E tudo o que resta são pedaços de vidro quebrado. "