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Com o vento varrendo os fios de seu rosto e com as estrelas em abundância no céu como testemunhas, o peito de Yunho se encheu de esperanças de dias melhores ali, longe de casa, ao lado do garoto dos girassóis, abençoado por senhorinhas religiosas e, ainda assim, carregando o amor e os ensinamentos dos seus pais no coração e na mente.

Onde Seonghwa passava uma pequena parte do seu dia conversando com seu amado, vivendo aquele amor impossível, mesmo que atrasasse sua vida, mesmo que no final o fizesse mal.

Eu nunca chamaria Kim Sunoo de má influência, e não me arrependo de ter vivido cada momento que tivemos juntos. Para alguém tão desesperado por uma vida diferente da que eu tinha, Sunoo foi para mim mais que um apoio. Eu era apaixonado por ele, e tudo que eu queria era tê-lo de volta.

Como pode cogitar que Hongjoong esqueceria seu aniversário, ele que passou o ano inteiro animado esperando por Novembro para poder dedicar uma playlist inteira para si, com todas as músicas que os dois ouviam e se dedicavam?

Nunca ouviu falar de fenômenos biológicos ou sobrenaturais que faz alguém sonhar constantemente com um mesmo rosto. Nem mesmo aquelas pseudociências que tentam explicar de forma lógica coisas que claramente são ilógicas, mas naquela madrugada, quando acordou do mesmo sonho pela terceira vez na semana, onde um rapaz bonito aparecia o observando de perto, Hongjoong desejou saber.

A capital sempre foi o sonho de todo jovem depois do Ensino Médio. A cidade grande carregava oportunidades que o campo não oferecia: faculdades melhores, futuros mais certos, diversão. Tudo sem precisar se preocupar com supervisão adulta. Não tinha uma pessoa que não sonhasse com isso, e eu confesso que também sonhei…
Até te conhecer.

Desesperado por um dedo para colocar uma aliança de compromisso, Jay recorreu a sua última e mais vergonhosa opção, aquela que sua melhor amiga do curso lhe sugeriu em uma de suas conversas, e que ia totalmente contra seus ideais e crenças: uma cartomante. Achava a coisa mais idiota do mundo, mas já estava ficando sem caminho por onde seguir naquela jornada de arrumar um namorado.

Antes do inverno daquele ano, ele costumava ser meu. E hoje, sendo perseguido e atormentado por pesadelos do passado, de momentos bons que não soube aproveitar, que sequer valorizei, dedico este desabafo para quem quer que tenha tirado ele de mim.