Lista de leitura ،  得 𝓽𝓸𝓶𝓸𝓻𝓻𝓸𝔀 𝔁 𝓽𝓸𝓰𝓮𝓽𝓱𝓮𝓻

Naquela época de um verão tão aconchegante e com cheirinho de volta às aulas, Choi Beomgyu estava ansioso para voltar a sua rotina que lhe fazia tão bem. Porém ele só não esperava que mais um elemento fosse adicionado nela, a fazendo ficar estressante: evitar Kang Taehyun, um carinha que acabou de entrar em sua escola, sendo do primeiro ano do ensino médio que, por pura coincidência ou não, fazia a mesma rota que ele.





capa;@fellkie
[não betado]

A vida do lufano Choi Soobin seria consideravelmente mais fácil se: (a) ele não tivesse que lidar com uma Escola de Magia e Bruxaria que parecia querer lhe matar todos os anos (até porque que tipo de lugar tem um cérbero no porão?); (b) arranjasse novos amigos (pois os seus tinham passado do prazo de validade); e (c) desse um jeito na sua vergonhosa quedinha pelo grifinório Choi Beomgyu.

Que bom que, para a sua sorte, ele tinha desenvolvido um plano a prova de falhas para conquistá-lo... O problema mesmo era colocá-lo em ação.

[ soogyu x hp!au x para a sthetoscópio ]

Você se sente perdido no auge da adolescência? Está deslocado no meio daquele imenso mar de gente, sem se encaixar em nada? Não sabe que estilo seguir? Então aqui é o teu lugar!

Sente-se aí. Fique confortável, pegue um copo de refrigerante e aguce a visão! Com este Manual (a.k.a “Necronomicon”, para os mais chegados), cinco garotos irão narrar diferentes maneiras de como ser um punk — o “melhor” movimento possível para fazer parte quando se é adolescente.

Mesmo que estes cinco garotos não façam a mínima ideia do que estão escrevendo.

Se Choi Soobin, com seus sorrisos (de covinhas!) e personalidade afável, é o Sol, então Choi Beomgyu, ostentando sarcasmo afiado e senso de humor meio peculiar, é a Lua, ambos unidos por rotinas ociosas do cotidiano indiferente, entrelaçados por um fio vermelho-indissolúvel… dos fones de ouvido de Beomgyu. E todas as vezes que Yang toca Yin, cálido e gentil, Beomgyu se sente preenchido, como se o desastroso encontro com Soobin resultasse num eclipse particular — um equilíbrio coberto de paz turbulenta, êxtase e noites de estrelas mecânicas sobre as pontes de um viaduto decadente e esquecido.

Choi Soobin é um cara relativamente sossegado, leva uma vida relativamente sossegada também e faz as coisa no seu tempo (sossegado). Porém como nem sempre a vida anda do jeito que queremos, e sempre há várias surpresas nela, seu amigo, Choi Beomgyu, acaba o tirando desse comodismo, alegando que estava ajudando o menino a não ter o futuro de morar sozinho com vinte coelhos correndo pela casa.
E essa ajuda, talvez, tenha dado certo.

"A primeira coisa que viu foi algo próximo a uma silhueta escura que contrastava com o branco quase que hospitalar do lugar onde estavam. Em segunda análise, o garoto era magro, um pouco menor do que si, tinha cabelos tão pretos quanto os seus na altura dos ombros e todo o seu vestuário seguia o mesmo esquema de cores. (Ou falta de cores; em resumo, preto.) Estava esparramado na cama olhando para o teto e a música alta vinha de uma caixinha de som que descansava do lado da sua cabeça. Então o arco-íris ambulante HueningKai tinha um melhor amigo gótico."



(Soobin não estava planejando deixar sua zona de conforto para ser babá de um calouro. Quando aceitou isso como apenas seu destino, ainda não estava pronto para acabar descobrindo que o melhor amigo do dito cujo precisava dele mais ainda. Melhor nem mencionar o momento em que se torna uma via de mão dupla.

Ninguém sai ileso de uma vida que se entrelaça com a de Choi Beomgyu.)

Um cenário mutável conforme a história anda, um protagonista bonitão, dois desocupados que resolvem desvendar — ou melhor, inventar — um mistério que acaba em aposta, fazendo-os pôr mais esforço do que jamais fariam em uma prova de química.

Se essa premissa não te deixa curioso, talvez a tríade de garotos com mesmo sobrenome vá: Beomgyu, Soobin e Yeonjun têm pouco em comum, mas estudam no mesmo colégio e, após uma preferência gráfica de Yeonjun ser percebida por Beomgyu, ele e Soobin passam a competir para ver quem entende a razão por trás dela primeiro.

“Cruzes, ele só escreve em minúscula!”, é mais ou menos o que se passa na cabeça de Bamgyu antes do estopim para os Sherlock Holmes falidos começarem a busca cheia de tentativas fracassadas, guiadas por um bloquinho de notas amarelo-canário.

Ainda não se convenceu que deve gastar seu tempinho e alguns neurônios lendo? Então aqui vai: tem triângulo amoroso.


Ou quase isso.