KjKai

Jeon Jungkook não tinha ambições, estava repetindo o último ano do ensino médio e tinha um relacionamento complicado com a mãe. Apesar de ter sido uma criança muito agitada e desobediente, ele se tornou um adolescente melancólico e quieto que se obrigava a aceitar a vida maçante que possuía.

O que ele não esperava, no entanto, era que a paleta de cores da sua vida mudaria drasticamente e que o azul se tornaria a sua cor favorita quando passou a ouvir músicas antigas ao lado de Park Jimin, seu vizinho autista.



jikook | fluffy | autismo

“Vai colocar uma coleira em meu pescoço e me chamar de cachorrinho?” — sorriu soltando o celular no sofá, vindo cauteloso, me empurrando e deitando no grande estofado, ficando por cima. — “Morder meu corpo? Dar tapas na minha cara?” — os lábios tocaram meu pescoço enquanto seu joelho estava entre minhas pernas.”

Delirante, posso dizer que é delirante, entre as mais sujas de minhas ideias decidi ir um pouco mais leve, mas aquele monegasco é capaz de enlouquecer qualquer um."

As flores amavam o som das abelhas em suas pétalas, os caules balançando pelo vento, e, de longe, Park Bom observava a melodia correr entre o campo florido. Cada cor era uma lembrança, uma memória melancólica que, apesar do peso, fazia seus lábios sorrirem.

"A princípio tudo eram flores no castelo de mármore — ao final sequer havia um castelo para contar a história dos dois jovens amantes."

Onde uma grande tempestade interrompe todos os planos de um casal de passar o dia dos namorados juntos, mas nada os impede de fazer sua própria festa na chuva e aproveitar a data comemorativa do jeitinho deles.

Em uma noite fatídica e melancólica, Jeongguk afogava seus problemas de um antigo relacionamento catastrófico na bebida. Nunca pensou que iria encontrar uma ladra de corações naquele ambiente, e que teria o seu fisgado rapidamente.

O deixando mais e mais sedento, a mulher deixou a sensação de seus lábios ardentes na pele do homem, que sentia-se cada vez mais caído aos encantos da ladra.

"Jeongguk parece um príncipe. Na verdade está parecendo o príncipe de meus sonhos — mas não é para mim que ele está arrumado desse jeito —, e isso parte meu coração em milhares de pedaços.

— Eu também te amo, Jeongguk. — toco sua mão e aperto com força, e lentamente afasto-me da pele, mas seu toque parece ainda se fazer presente. A sensação quente toma conta de mim. — Mas eu não vou fazer isso, não vou continuar isso. — seus olhos se arregalaram e as lágrimas aparecem sorrateiras em seus olhos brilhantes.

— Mas, mas porquê?! — seu tom de voz eleva, sinto a angústia, que parece me cortar como uma faca afiadíssima. — Não é um casamento de verdade! Eu não amo ela, eu te amo e quero passar o resto da minha vida com você!

— Eu sei, Jeongguk, eu também te amo. — aperto novamente sua mão. — Mas eu não vou fazer isso. Você pode não amar ela, e ela também não te amar, mas eu não vou ser amante de ninguém, Jeongguk, eu não quero ter que ficar às escondidas com o seu amor, não quero e não vou!

— M-Mas você me ama-

— Eu te amo, Jeongguk, mas não vou me fazer sofrer desse jeito. Eu sei onde me dói e eu não irei aguentar mais que isso."

Ela se acostumara a criar para deuses, e certos costumes não se abandonam. Mas os outros não compreendiam suas razões. Apenas ouviam seu mantra. Nada de capas!