kidol

À meia-noite, sentado na janela do quarto, balançando os pés abraçados por meias estampadas de esquilos voadores, Taehyun recebe da Vida, mais um ano de experiência para guardar nos bolsos. Queria mesmo era alguns trocados para comprar um skate novo, mas o pai lhe dizia que o acúmulo de anos teria utilidade algum dia.

Um. Dois. Três passos.

Mãos trêmulas alcançam a porta e giram a maçaneta enferrujada. O que vê do outro lado parece um cenário saído de sua imaginação.

Nossas conversas são assim: sempre acabam num rumo inesperado. E é por isso que não há forma melhor de comemorar o meu aniversário… Com meus dois amigos idiotas que sempre melhoram qualquer ocasião.

Diante de um mundo em chamas, ao som do coro de vozes desesperadas, o olhar de Aeri encontrou o meu. E então, lhe estendi a mão, guiando-a em meio ao caos, sem rumo certo para seguir.

Jimin tem olhos salpicados de pó estelar, bochechas borrifadas por um adorável rubor e lábios docinhos como açúcar.

Existiam dinossauros astronautas perdidos no espaço, espalhando conhecimento para a humanidade. E Hyunjin, curiosa como era, seguia os conselhos de seus amigos jurássicos, buscando explorar os mistérios do universo.

Em dias mórbidos que o Sol e as estrelas cintilantes se escondiam entre as lamentações de nuvens cinzentas, Yeonjun os redesenhava na parede de seu quarto.

Na primeira esquina da Rua da Liberdade, numa casinha tão azul quanto o céu matutino, morava Jung Jinsoul com seus quatro peixinhos apaixonados pelas músicas da cantora Mariah Carey. Seus dias se resumiam a trabalhar em uma livraria nas terças e quintas, tocar em bares com sua banda, distribuir girassóis de papel para almas perdidas no mundo caótico e criar coragem para aproximar-se de Kim Hyunjin, residente da casinha amarela do outro lado da rua, carinhosamente apelidada de “Dama Girassol”.