Hey, amor! Demorei pra ler não? Peço perdão, mas coisas boas merecem ser degustadas no tempo certo e a minha espera deu um tom ainda mais doce pra isso tudo, ah sim, doce é uma descrição precisa dessa história.
Me arrisco a confessar que não sou grande fã de sonhos de doce de leite, especificamente pelo doce de leite (por mais que eu ame dizer "dulce de leche"). Ver Amity passando de um amargo café até uma mistura homogênea de café com leite foi uma aventura divertida e acolhedora, concordo com Luz quando disse que ela era como um gato, posso dizer pois a minha Ami é como a Ami de Luz, parece brava e amarga, mas no fundo é doce e gentil.
Hora de falar de Luz, essa latina animada, com esse jeitinho nada delicado e contido, devo dizer que esse é o maior charme dela, imagino que Amity concorde, a forma que ela se conecta à sua casa pela iguaria doce é incrivelmente adorável, mesmo que traga um leve tom amargo. Falando em amargura e Luz, a forma que ela lida com a insônia é interessantemente natural, ela é estabanada devemos concordar, tanto pelas palavras quanto pelas ações.
Assim chego no nosso romance, estabanada porém encantadora, Luz é assim e o romance das duas também é, ainda mais, como poderia ser um romance formado por uma tempestade tropical e um gato ser diferente? Tão diferentes e tão complementares, os primeiros beijos da Noceda podem até ter sido desastrosos, mas duvido que o(s) com Amity siga esse exemplo, já que o complemento que uma é para a outra tem um tom harmonioso e gostoso de ver.
Agora eu termino esse texto (que me lembra os velhos tempos onde eu me esforçava para fazer os melhores comentários) falando sobre o texto em si. Gramática impecável, escolha de palavras perfeita, corpo e estética do texto maravilhosas. Não esperava menos de você, amor, na verdade, fui até pego de surpresa, faz tempo que não leio algo com tamanha qualidade, o que valoriza ainda mais tudo isso, torna vossa obra ainda mais especial, única. Como sempre, talvez por narcisismo talvez por orgulho, farei uma comparação com as minhas histórias e dizer que você as deixou no chinelo, cada uma delas, indo de Em Busca da verdade até Cacos de Nós e passando por aquela One Shot que eu nunca termino de escrever, você humilhou a minha escrita, a minha "qualidade" com graça.
Ah sim, não posso deixar de comentar o ritmo dessa obra, há tanta harmonia na vossa escrita, que eu li tudo como se nem mesmo estivesse lendo, pareceu como se eu estivesse ouvindo um outro alguém ler ela pra mim, foi uma sensação confortável, sensação essa que pode ser descrevida como a sensação de um lar doce, de estar deitado embaixo das cobertas num dia frio com sua gata em cima de si ronronando ou de correr pela chuva enquanto escuta aquela música tão gostosa que lhe trás tanto conforto. Sabe, eu gosto de ler ouvindo música e sempre valorizo aquelas histórias que me fazem focar tanto que nem mesmo vejo as canções passarem e mudarem, você conseguiu me fazer ter esse foco tão sagrado, esse foco que faz com que o tempo passe sem ser percebido, esse que você só alcança quando faz algo muito bom, algo muito doce, dulce como dulce de leche!
Espero ter conseguido me expressar bem, se não tiver sido possível, peço perdão de antemão (rimou!).
De sue amigue,
Jaspe